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Imóveis no bairro de Higienópolis em São Paulo

Bairro localizado na zona oeste da cidade de São Paulo.



Higienópolis e São Paulo têm histórias intimamente ligadas.


No movimento de expansão da cidade para além do Centro Velho, este bairro da atual Zona Oeste cumpriu um papel fundamental.


Suas origens estão em 1893, quando os empreendedores Martinho Buchard e Victor Nothmann compraram do Barão de Ramalho e de Joaquim Wanderley um lote que formou mais de 800mil m2.


Victor Nothmann fora sócio de Frederico Glete no grande sucesso do loteamento dos Campos Elíseos e já entendera que loteamentos voltados para os mais abastados era um excelente negócio.


Conta a “história”, neste caso entre aspas, pois não há registro efetivo além da tradição de contá-la, que Martinho Buchard procurou o Barão em seu escritório no Largo do Ouvidor e lhe apresentou a intenção de adquirir as terras do então chamado “Pacaembu de Cima". O Barão responde que não tem interesse em vendê-las, até que a oferta de 200 contos de réis o faz mudar de idéia e aceitar o negócio. Meia hora depois, adentra o escritório Victor Nothmann com o mesmo intuito e um valor ainda maior: 250 contos!

O Barão, homem nobre e de palavra, declina da oferta por já ter empenhado sua palavra à Buchard, mas não sem perguntar: “Será que descobriram ouro nos meus terrenos?”.


Enfim, Nothmann e Buchard se associam e lançam em 1885 o “Boulevard Bouchard”, mas o nome não “pegou" e foi posteriormente alterado para Higienópolis - Cidade da Higiene - derivado da Cia. Higienópolis, que administrava o Hotel de França, instituição de saúde voltada aos tísicos e então já instalada no terreno onde hoje está o Colégio Sion.


O nome Higienópolis era também adequado ao local. Em terras altas, de clima mais ameno, longe das enchentes e equipado com o que havia de mais moderno e tecnológico à época - iluminação pública à gás, sistemas de água e esgoto e linhas de bonde - configurou um verdadeiro contraponto ao adensamento que já ocorria na região central.


Os lotes eram originalmente de 700 a 1.000m2 e tornados lares pelas famílias mais tradicionais da cidade, assim como imigrantes alemães, suíços e ingleses de posses, que ali construíram seus palacetes, casarões e vilas.


A presença da aristocracia agrária e cafeeira na região não era uma novidade. Mesmo antes do loteamento do bairro já viviam ali três senhoras influentes: Dona Veridiana da Silva Prado, filha do Barão do Iguape e moradora desde 1884, cujo palacete ainda existe na esquina da Av. Higienópolis com a Rua Dona Veridiana e abriga hoje a sede paulistana do Iate Clube de Santos; Dona Maria Angélica de Sousa Queirós, filha do Barão de Sousa Queirós, que vivia na chamada Chácara das Palmeiras em um palacete na esquina das atuais Alameda Barros e Av. Angélica; e Maria Antônia da Silva Ramos, filha do Barão de Antonina.


A elas juntaram-se nomes como o do conde Antônio Álvares Leite Penteado, que fez construir, a partir de projeto do sueco Carlos Ekman, Vila Penteado, primeiro exemplar residencial em Art Nouveau em São Paulo, atual sede da FAU-USP na Rua Maranhão; e outros como o do presidente Rodrigues Alves, outra residência que permanece na esquina das Ruas Itacolomi e Piauí, o que consolidou a identidade do bairro como tradicional e nobre.


A partir da década de 30, com o declínio da cultura do café e a crise mundial de 1929, o bairro passa a se transformar, com os palacetes e casarões paulatinamente sendo substituídos por edifícios residenciais. A princípio para moradia das próprias famílias originais e seus herdeiros ou para serem alugados e gerar renda.


Este movimento toma força a partir dos anos 40 e vive seu auge nos anos 50 e 60, transformando totalmente o bairro, e o pontuando com edifícios que viriam a se tornar verdadeiros ícones.

Nenhum outro bairro em São Paulo concentra tanta arquitetura assinada como Higienópolis.


Aqui, Rino Levi faz companhia à Franz Heep, que conversa com Lucjan Korngold e Botti Rubin. Um colorido Artacho Jurado se encontra com Vila Nova Artigas por um caminho onde está David Liebeskind.


Tem azulejos de Burle Max, painéis artísticos de Clóvis Graciano, Francisco Rebolo e Gerson Knispel.


Obras de arte no Parque Buenos Aires, teatro no Shopping Pátio Higienópolis, respiro e gastronomia na Praça Vilaboim, exposições no Espaço Leica, muito serviço e conveniência por todo o canto.


Muitas árvores e belezas, um clima gostoso de bairro, gente caminhando, crianças, jovens e idosos. Gente que trabalha, gente que mora, gente que vive e ama esse que é um bairro onde a identidade de tradição se mantém, mas que é vivo, vibrante e apaixonante!


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