Isolamento… E agora, José?

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por Alessandra Felix
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Não tem sido fácil… Como diria uma querida amiga da Refúgios: não vou mentir!

Começo dizendo que sou uma pessoa super caseira, então este não é, ainda, meu problema principal. Curto ficar em casa com meus gatos (humano e felinos), adoro atividades mais introspectivas, mas a ansiedade de como as coisas acontecerão, o quê, quando… isso está sendo muito difícil!

Nossa rotina diária não tem espaço para coisas tão inesperadas como a que estamos vivendo. E aí? Como ficam nossas atividades? Nossa cabeça, geralmente tão ocupada com rotinas loucas, dificilmente se acalma e é fácil perdermos o foco.

Como fazer então?

Eu sempre observei os idosos da família, pirando quando se aposentavam porque não se sentiam mais úteis, não achavam o que fazer em casa. Então sempre foquei em, além de ser profissionalmente produtiva, achar coisas que me dão prazer fora do trabalho. Sou daquelas que já fez curso de tudo: dança, pintura, línguas, mitologia, história da música etc. e etc.

Ensinamentos valiosos para a vida, foram lugares em que fiz amigos e troquei experiências além do conhecimento técnico. E isso vale muito! Acredito que fará a diferença quando me aposentar (que sonho ficar em casa com dinheiro e curtindo o que nos faz bem – se será possível, é uma questão para o futuro!) e faz a diferença agora, neste isolamento em nossos refúgios.

Por quê? Porque precisamos manter a cabeça no lugar.

Precisamos continuar em contato com as pessoas queridas, mesmo que remotamente. E que privilégio temos nos tempos de hoje, mesmo em isolamento, temos a possibilidade de nos ligarmos virtualmente com vídeo. Lembro ainda da época em que fazer uma ligação de telefone era a única opção e super cara – nossos pais controlavam o tempo que ficávamos no telefone. Controlávamos as fichas de orelhão, que se me lembro bem, eram 3 minutos cada.

Hoje podemos não só nos conectar com todos facilmente, de nossos lares, como podemos aprender coisas diversas através de plataformas de cursos à distância, ouvir músicas, falar com amigos em outro canto do mundo, ouvir programas sobre diferentes assuntos, ver filmes e séries e… trabalhar!

Há pouco tempo tenho uma rotina de trabalhar em casa, estava ainda me ajustando. E não é tão fácil quanto parece! O principal: mantenha uma rotina! Agende atividades e horários.

Fora do horário de trabalho se ocupe com atividades que forem prazerosas pra você.

Este texto que recebi nesta semana fez todo o sentido pra mim, de autoria do enólogo Luiz Horta:

“(…) para a diferença entre hedonismo e epicurismo. O hedonista procura os prazeres a qualquer preço, o epicurista não, está consciente das desgraças do mundo, mas consegue encaixar num cantinho um pequeno gosto, uma alegria, o famoso Jardim de Epicuro.

É este o nosso momento, de construção deste espaço de felicidade dentro da tragédia que atravessamos. A querida Nina Horta me falava, nos períodos em que eu estava duro feito pedra, que não desanimasse, que pelo menos comprasse um chicletes de sabor exótico, algo que desse uma cor ao dia. Guardei sempre este ensinamento, uma coisa pequena pode dar enorme alegria quando está escura a travessia. Piquenique no tapete da sala, um vinho melhor, uma tinta nova.”

Sim! Precisamos de pequenos prazeres! E eles não precisam ser caros ou ser coisas… pode ser aquele livro que você adiava a leitura por falta de tempo, pode ser cantar em voz alta, ouvir música, dançar na sala de estar, jogar jogos com os companheiros de quarentena, cozinhar, fazer reuniões com amigos on line, pintar, escrever, tocar, aprender algo novo… Enfim, há uma infinidade de opções que só dependem de você.

Você tem pouco tempo, mesmo em isolamento? Pois é, serviços de casa multiplicam-se todos os dias e se você tem crianças em casa, haja energia e criatividade!

Mas é importante que você consiga separar uma horinha para sossegar a cabeça. E tudo bem, não precisa ser algo excepcional, pode ser aquela horinha que você se joga no sofá com um copo de vinho pra assistir uma série interessante ou ler aquele texto que você guardou há tempos. Pode ser organizar suas fotos, escrever um diário, meditar, fazer exercícios… o que você quiser e que te faça bem!

Eu sigo no maior esforço para colocar uma rotina no dia a dia em casa. E a cada dia acrescento coisas que me dão prazer: cozinhar, escrever, ouvir música, crochetar. Um dia de cada vez.

E você, conta pra gente as suas atividades preferidas?

Por aqui, os queridos amigos da Refúgios têm caprichado na produção de textos para nosso Blog Sacadas. Te convido a ler e se distrair! Além dos mais recentes, com links abaixo, tem muito mais no nosso site. Pode procurar!

Ah! E também temos a nossa revista, lançada digitalmente por enquanto. Quer conhecer? É só enviar um e-mail para [email protected] ou pedir para seu corretor. Está demais, dê uma conferida!

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sobre o autor

Alessandra FelixCorretora Associada

Administradora de Empresas formada pela PUC-SP, desenvolveu sua carreira em Recursos Humanos, onde desenvolveu sua paixão por relações interpessoais. Acredita que os relacionamentos podem ser colab...

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