Do balcão da farmácia para o canal 4

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por Mariana Valente

Vocês ainda não me conhecem, eu sou nova por aqui.

Mas já trato logo de me apresentar.
Meu nome é Mariana Valente, sou a nova corretora da Refúgios Urbanos, responsável pela cidade de Santos.
Ok… muita novidade, né?

Mas podem ir se acostumando, porque a palavra novidade, muito comumente, está associada ao meu nome.

Vou contar um pouquinho sobre mim.

Sou nascida e criada em Santo André, Grande São Paulo e desde pequenininha tinha uma inquietude por aprender coisas novas, por me mostrar capaz de fazer um milhão de artes. E conseguia com uma facilidade que sempre deixou a minha mãe de cabelos em pé! (Desculpa pelos cabelos brancos a mais, mamy)
Bom, acho que isso vem do fato de eu sempre ter sido muito curiosa e criativa.

Aqui, a gente corta as histórias de uma adolescência bem comum e pulamos para o dia da minha formatura em farmácia na faculdade!

Vocês devem estar pensando “Ahhh, ela certamente se formou em algo relacionado ao mercado criativo… Com certeza cursou teatro, ou marketing, ou quem sabe artes plásticas”.
(insira aqui aquele bipe de programa de TV quando alguém dá uma resposta errada).
A menina criativa e arteira formou-se em farmácia, surpreendendo assim o professor Raimundo, que lecionava química no colégio e que a havia deixado de DP por dois anos seguidos, fazendo-a sofrer para passar de ano e não “bombar”!!!

Já formada, trabalhei do lado de dentro dos balcões de farmácia por 10 anos, lugares em que aprendi muito, cresci como pessoa, me tornei mais atenta a perceber as reais necessidades de cada paciente que pedia minha orientação.
Com o passar dos anos, eu fui percebendo que era realmente boa naquilo que fazia… mas não porque eu era uma excelente farmacêutica, exímia conhecedora da arte chamada Farmacologia, ou expert suprema da complicada e complexa Fisiologia (que também me fez chorar com duas DP’s).
Eu percebi que eu era muito boa no que fazia porque eu entendia de gente, eu sabia escutar o que me diziam por trás dos lamentos, por trás das exaltações de voz de quem acabou de chegar do hospital com um ente querido enfermo. Aquelas pessoas, muitas vezes, buscavam mais do que um analgésico para aliviar a dor física, elas buscavam alguém que as ouvisse de verdade, alguém que largasse a caneta e olhasse-as nos olhos.
E, assim, ao longo dos anos eu fui vendo que amava muito mais escutar as pessoas e tirar dali a real carência ou necessidade delas, do que vender remédios.

Foi quando eu dei o “meu pulo no abismo”.

Pedi as contas sem nem saber direito o que me esperava dali pra frente!
Foram dias de insegurança e de incerteza, mas no meu íntimo eu sentia que havia feito a coisa certa.

Depois, foi mais ou menos um ano em agonia, sem saber o que exatamente eu queria fazer ou o que me traria satisfação pessoal.
Para pagar as contas, comecei a trabalhar como Videomaker, comecei a fazer os vídeos da Refúgios Urbanos e com isso, a cada dia, eu estava mais próxima dos corretores da RU e também do dia a dia deles.

Num certo dia, tomando um café com os queridos Karen e Almiro, eles disseram “Ei Mari, porque você não trabalha como corretora? Você leva jeito para isso!!!”
Engraçado como são as coisas… Meu marido já havia me dito essas palavras antes “Você leva jeito para isso”, mas eu confesso que não dei muita bola não, talvez por pensar que ele apenas queria me agradar, mesmo sabendo que ele não é de falar nada simplesmente pra agradar alguém… Eu acredito que, naquele momento, eu precisava apenas de uma confirmação.
Com 33 anos, eu não podia atirar para todos os lados, eu havia me colocado o propósito de ser feliz com o que quer que me propusesse a trabalhar quando pedi pra sair da drogaria, e eu estava realmente feliz como Videomaker. Sempre me diverti fazendo isso: criando, filmando, editando…

Será que eu deveria mesmo dar um passo em direção a corretagem?

O Almiro e a Karen, sem saber, naquele dia regaram a sementinha que meu marido havia plantado em mim.
Eu saí da padaria e não voltei para casa, segui direto para a escola. Queria já fazer a minha matrícula. No caminho, liguei para o meu marido e falei “Vou ser corretora! Estou indo me matricular agora mesmo!”.

E isso me traz a este momento, cheio de novidades diárias, onde estou descobrindo novas capacidades em mim todos os dias e estou muito, muito, muito feliz em poder, mesmo longe da farmácia, continuar exercitando o que, nos balcões de farmácia, eu aprendi de mais precioso: o relacionamento humano!
Ter sido farmacêutica, sem nem imaginar, me preparou para estar aqui hoje, ouvindo e entendendo as reais necessidades e desejos de cada pessoa!!!

Agradeço à minha formação por isso!

E agradeço à Refúgios por me dar a oportunidade de estar de volta a uma cidade pela qual sempre nutri amor.
É uma honra fazer parte da Equipe Santos!
Juro que a pequena Mariana arteira e praieira está em êxtase aqui dentro!

E, agora, junto da Refúgios, vou escrever os próximos capítulos dessa aventura.
Vem desbravar Santos comigo??

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sobre o autor

Mariana ValenteSócia Proprietária Refúgios do Mar e Refúgios Urbanos

Nascida e criada em Santo André, talvez seja a paulista mais mineira que você vai encontrar por aí. Não se surpreenda se a ouvir falando "Uai, mas esse trem é bão demais" enquanto fala de um 'qu...

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