O que nosso pets nos ensinam sobre refúgios urbanos

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Por Camila Raghi

Minha primeira sacada aqui na RU, em maio de 2017, falava da minha trajetória como moradora paulistana.  Depois de diversas residências entre Centro e Santa Cecilia, por amor finquei meus pezinhos há seis anos em Pinheiros. Era só o começo de um longo namoro vigente até hoje com as ruas do bairro, seus cafés, padarias, sapateiros , costureiras, etc

Em todos esses anos de longas caminhadas em busca de mais um novo lar bacana pra anunciar aqui no nosso site, lá ia comigo minha fiel escudeira: Tina Tuner, minha yorkshire da pá virada, que adotei junto com meu namorido em junho de 2012.

O Tuner foi invencionice minha, pra variar:): ao lado de Tina, nome de nascença, acrescentei o sobrenome famoso, em razão da semelhança de cabelos com a talentosa cantora norte americana.

Nascia aqui em nossa casinha um grande infinito amor por esta baixinha de apenas 5 quilos, mas com um coração do tamanho do mundo.

Seja você fã de cachorro, gato ou galinha, impossível não concordar que nossos pets transformam nossas moradas em verdadeiros refúgios urbanos.

Não à toa, são muitas vezes protagonistas de diversas fotos que temos de imóveis bacanas…como resistir as carinhas fofas e pidonas desses pets tão companheiros nossos?

Tina acompanhou toda minha trajetória por aqui, sempre deitadinha debaixo da bancada de meu computador, com seu ronquinho gostoso durante a tarde. Enquanto eu trabalhava, ela esperava ansiosamente pelos passeios no fim da tardem quando inevitavelmente eu encontraria algum novo achado lindão pelas ruas de Pinheiros.

E depois de pernar bastante em inúmeras visitas pela rua, quem estava  a minha espera sempre feliz aos pés da porta?

Nossa “tirana tuner” transformava cada canto da casa em um verdadeiro lar, com suas brincadeiras, suas estripulices e seus carinhos infinitos. E nada mais gostoso do que ter um refúgio como esse nessa selva de pedras paulistana.

Acredito que os pets transformem tanto nossos espaços como nós mesmos…Seguramente me sinto uma pessoa muito melhor por ter tido a benção desse relacionamento tão especial com esse serzinho que nos pedia tão pouco e nos dava tanto amor, carinho e companheirismo.

Infelizmente nossa estrelinha nos deixou muito antes do que esperávamos ou estávamos preparados – ou talvez nunca estivéssemos -, e foi brilhar em outras paragens…

A casa está vazia, cada cantinho sem ela perde o sentido e voltar pra casa já não tem o mesmo significado. Teremos que descobrir outras formas de nos conectarmos com nossa própria casa para que, finda a tristeza e permanecido apenas a saudades, resinifiquemos a palavra lar.

Escrever sobre ela é uma forma de apaziguar corações e acalentar a alma…E é uma pequena homenagem  a nossa eterna baixinha companheira, que sempre estará conosco em nosso corações.

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sobre o autor

Camila RaghiCorretora Associada

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), trocou Curitiba por São Paulo há mais de dez anos para se dedicar às suas maiores paixões: projeto e restauro. Após ...

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