O Parque da Aclimação como quintal de casa

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Por Ana Shaida

Da janela de um apartamento que fica no décimo segundo andar de um edifício que tem vista para o Parque da Aclimação, penso que estou vivenciando um privilégio. Desses que poucas pessoas que moram em São Paulo têm oportunidade.

Em um primeiro olhar do alto consigo avistar o lago. A margem cercada de tocos de madeira que servem como banquinhos é meu lugar favorito. Em 6 meses morando no bairro e frequentando o parque já criei laços afetivos. Depois de uma caminhada é sempre lá que paro para tomar sol, fazer yoga, ler e até já fiz uma tentativa de piquenique quando minha mãe e minha tia vieram me visitar. Nesse episódio fomos surpreendidas com a visita de duas araras que se aproximaram em busca do nosso lanche. Essa lembrança me fez pensar que talvez o privilégio fosse mesmo descer e “contemplar os prédios” lá da beira do lago.

E foi isso que fiz!

Entre uma visita e outra, tenho usado o parque como refúgio. Uma boa corretora sempre tem um livro na bolsa e esse é um lugar perfeito para ler. Mas nesse dia em especial eu tirei um bloquinho de anotações e comecei a anotar minhas percepções.

No parque tudo é movimento.

Os patos mergulham e nadam de forma sincronizada, somem e reaparecem movimentando a água e formando pequenas ondas.

Bem ao meu lado um cachorro sendo adestrado por um casal. E outro sendo desatado da coleira pela dona-mãe-amiga. Disciplina, respeito, limite e liberdade. Tudo no mesmo lugar, ocupando o mesmo espaço.

Bambu e Íris, as duas araras que citei acima (sim, elas têm nome e são velhas conhecidas dos frequentadores do parque), exibem-se em voos plainando sobre as nossas cabeças e descem para interagir com a pessoas.

Logo chega uma família fazendo uma pequena trilha com destino aos banquinhos. “Juju”, a neta de uns 3 anos, assim que avistou o lago pediu para que o avô cortasse caminho descendo pelo morrinho, mas o vovô justificou dizendo que seus joelhos já não tinham mais amortecedores e não aguentariam o impacto. Não tenho certeza se ela entendeu, mas topou dar a volta por um caminho sem obstáculos para acompanhar o avô.

Do outro lado do lago pessoas e seus “dogs” caminham, correm, descansam e fazem treino funcional. Cada qual no seu ritmo.

O vento gelado movimenta os cabelos, as folhas e as nuvens. Estas por sua vez ganham novas formas, ora escondendo e ora abrindo espaço para o sol.

Na minha frente um homem muito centrado se exercita, uma mistura de yoga com artes marciais, alheio a tudo. Nada o distrai.

Ah! E os prédios, quase esqueci deles, parecem gigantes, alguns imponentes, firmes, seguros e são as únicas coisas sem movimento (ainda bem, rsrs). Do lugar que estou vejo somente 13 deles, poucos, considerando que estamos em um bairro central.

Me olham como se tivessem o ângulo mais privilegiado, como se dissessem: _ “Este é o nosso quintal”.

Daqui de baixo, respondo: “_ Sim, vocês realmente são privilegiados com essa vista. Mas usufruir e fazer parte não tem preço!”

E continuo observando e anotando, distraída e atenta, até o horário da minha próxima visita.

Na saída do parque encontro a família da Juju novamente. Outro pedido difícil para o avô, queria ser carregada. Dessa vez não consegui escutar a justificativa que ele deu, mas Juju compreendeu e seguiu de mãos dadas com ele.

PARQUE DA ACLIMAÇÃO

Onde? Rua Muniz de Souza, 1.119, Aclimação

Quando? Segunda a domingo das 6h às 22h

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sobre o autor

Ana ShaidaSócia-Proprietária

Graduada em Design de Interiores, pós-graduada em Design Industrial e especialista em Design de Serviços, Ana trilhou seu caminho profissional principalmente pela área comercial. Viu isso como uma ...

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