Instituto de Previdência e um bairro a ser descoberto em São Paulo

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por Renata Nogueira

O Butantã é daqueles lugares que é a gente não sabe onde começa e onde termina. Segundo o site da Prefeitura de São Paulo, o subdistrito do Butantã considera vinte bairros diferentes.

“Estamos no Butantã, ou já saímos dele?”, pergunta essa feita por 10 entre 10 novos visitantes do bairro!

E uma das regiões mais bacanas e verdes dessa gleba imensa é o Instituto de Previdência, bairro criado na década de 1950.

Inicialmente a Previdência, como é conhecida nos dias de hoje, eram apenas nove ruas criadas a partir do parcelamento de um terreno localizado no já existente bairro do Caxingui, com a intenção de criar um loteamento destinado aos funcionários públicos que desejassem adquirir seus próprios terrenos e casas.

Com o passar do tempo, o bairro foi crescendo e absorvendo novas ruas e lotes, onde, mais uma vez, os limites são desconhecidos e cada um entende que a Previdência vai até aqui ou acolá.

Assim como acontece em diversos outros bairros, a Previdência teve um crescimento orgânico, tendo sua história sido construída naturalmente na memória de seus moradores e ocupantes do bairro, especialmente aqueles mais antigos.

Muito relevante na construção simbólica, e inclusive um dos motivos pelo qual a Previdência é conhecida por esse nome (oficialmente, nos autos da prefeitura, o nome oficial do bairro é Jardim Adhemar de Barros, mas o cunho político não é muito aceito pelos moradores da região), o Parque Previdência, fundado no final da década de 1970, é hoje um pulmão verde e equipamento de lazer dos habitantes da região.

Na década de 1980 a prefeitura criou o Centro de Educação Ambiental – CEA – nos limites do parque, aproveitando a antiga instalação da estação de tratamento de águas que abastecia essa região até a década de 1960, e também com o intuito de educar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente.

Outra curiosidade bacana é que nesse parque ainda restam vegetações nativas de Mata Atlântica e uma flora bastante diversa.

Não raro os moradores das casas do entorno recebem visitas em seus jardins de pássaros como beija flor, gaviões, tucanos, corujas e pica-paus. Isso em contar os saguis que aparecem em bando de tempos em tempos.

Morar na Previdência é isso, é lidar com a natureza pujante de um lado, e a selva de pedras do outro!

 

Bibliografia auxiliar
CARVALHINHOS, Patrícia. Instituo Previdência, São Paulo: memória(s) e topônimos. Anais do X encontro o CELSUL, 2012.
Site oficial da Prefeitura de São Paulo. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_centrooeste/index.php?p=5763
Fonte da imagem
CARVALHINHOS, Patrícia. Instituo Previdência, São Paulo: memória(s) e topônimos. Anais do X encontro o CELSUL, 2012.

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sobre o autor

Renata NogueiraSócia Proprietária

Nascida na capital paulista, se mudou aos 18 anos para o Rio de Janeiro, onde graduou em Arquitetura e Urbanismo, e concluiu seu mestrado em Memória Social, estudando os cemitérios como patrimônio ...

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