A louca da endorfina

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por Mari Sergio
O porquê eu transformei o quarto da tv em um espaço para atividade física, me transformei na louca da endorfina e as lições que o esporte ensina.

(Ou o porquê eu transformei o quarto da tv em um espaço para atividade física)

 

Eu fui a típica criança de apartamento: Eu não brincava na rua, mal sei andar de bicicleta e detestava as aulas de educação física na escola.

Na vida adulta, surgiu a vontade e a necessidade de me mexer. Sempre frequentei academia, mas foi aos 20 e poucos anos que coloquei na cabeça que queria aprender a correr. E quando eu coloco na cabeça uma coisa, eu movo montanhas para conseguir. Tá aqui minha sacada que fala um pouco sobre isso.

Os anos foram passando e correr se transformou em paixão, transformar o stress em suor uma necessidade e o momento da atividade física uma rotina sagrada.

Após um período morando fora do país, procurei um lar que fosse perto do parque do Ibirapuera (conto mais aqui e aqui) e transformei um dos cômodos do meu apartamento, destinado a ser uma sala de televisão, em uma mini academia que eu uso religiosamente todos os dias.

 

É aqui que eu começo o dia e me preparo para o que está por vir. Escrevo esse texto, logo após mais uma dessas sessões, porque me vem à cabeça as coisas que a atividade física nos ensina:

 

  1. O esporte ensina a não desistir.

Quem falou isso foi o Jorge Paulo Lemann e ele deve saber das coisas, né? Então a disciplina envolvida no esporte e, sobretudo, a resiliência de não parar até chegar ao objetivo almejado serve para o esporte, mas também serve para tudo na vida. Li um artigo muito interessante que fala sobre como os CEOs das maiores companhias se dedicam a esportes de alto rendimento como triathlon, ultramaratonas, entre outros, justamente porque o treino, a preparação, a persistência, a estratégia e a força de vontade necessários para cumprir esses objetivos os ajudam a alcançar êxitos, tanto profissionais e pessoais. Isso sem falar do equilíbrio entre esses dois lados.

 

  1. A excelência que existe na repetição.

Aqui tomo a liberdade para fazer outra citação, como disse Aristóteles, “Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”. Eu vejo essa verdade refletida nas incontáveis repetições envolvidas nas incontáveis sessões dos incontáveis treinos que faço, ao longo dos anos. Uma nova repetição sempre te dá a oportunidade de tentar afinar o movimento, de alcançar mais longe, de ser mais rápido, de ser mais forte. Cada nova repetição te dá a oportunidade de ser melhor.

 

  1. Aprender a tolerar o desconforto.

Recentemente comecei a praticar yoga, não imaginei que essa nova prática fosse ser fácil, mas não tinha ideia do quão desafiadora seria. O tempo todo você é estimulada para sair um pouquinho da sua zona de conforto e permanecer lá, quietinha, sem fazer cara feia. Aguentando o desconforto até que você vá se adaptando e se superando. Vejo aqui uma metáfora incrível pra vida. Digna de sair gritando por aí EUREKA! Quantas situações nos deparamos no dia-a-dia que nos são desconfortáveis, incômodas, que nos fazem querer sair correndo dali? Nós como seres humanos perseguimos o prazer e fugimos da dor. Mas nem sempre isso é possível. Então aprender a tolerar certos desconfortos com serenidade e com um sorriso no rosto é, sem dúvida, muito bem-vindo!

 

  1. Mudar o tangível para alcançar o intangível.

No livro “A semente da Vitória”, Nuno Cobra (preparador físico do nosso querido Ayrton Senna) explica o seguinte conceito: “Chegar ao cérebro pelo músculo e ao espírito pelo corpo.” Em poucas palavras, raramente se encontra uma mente fraca em um corpo forte, pois o corpo reflete o palpável, o campo físico. E mudar, mexer, melhorar o palpável, o físico é das coisas mais difíceis da vida. Exige determinação, abdicação, foco e disciplina. Justamente por isso, quando alguém alcança tal objetivo, quando consegue mudar seu corpo físico, sua mente reflete tal resultado. E isso é f… pra c…

 

  1. A maravilhosa sensação de “YES I CAN”.

Somado a todos os fatores anteriores, quando você chega ao final daquilo que você se propôs a fazer, e sente a enxurrada de endorfina correndo pelo corpo, você se sente nada menos que invencível. Nenhuma outra palavra define melhor a sensação. Para mim, esse é o momento diário quando eu reafirmo a fé em mim mesma e o compromisso comigo.

 

E aí? Se animou? Que tal procurar um parque perto de você ou mesmo reservar um cantinho da sua casa para dedicar um tempo valioso para você mesmo?

Em tempos de quarentena, você não precisa de muito para começar e/ou dar continuidade à sua rotina de atividade física. Ache um cantinho na sua casa, um colchonete (que pode ser improvisado) e uma cadeira já são mais do suficiente para fazer um treino e cuidar do corpo e, principalmente, da cabeça. Não sabe por onde começar? Super recomendo o app da Nike: Nike Training Club, ele tem diversos tipos de treinos, com diferentes durações, níveis de esforço, grupos musculares e modalidades. É só baixar que ele é de graça!

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sobre o autor

Marianna SergioCorretora associada

Paulistana, passou sua vida inteira no bairro de Moema e arredores, considerando o Parque do Ibirapuera uma extensão da sua casa. Depois de literalmente dar algumas voltas ao redor do globo, voltou a...

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