Quando a gente era jovem!

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por Matteo Gavazzi

Nesses dias de crise mundial do Corona vírus, tenho falado muito com meus amigos de quando era jovem, meus amigos italianos.

Primeiro porque quero saber como estão (a Itália tem sido um dos países mais afetados) e segundo porque eles estão no isolamento há muitos mais dias.

—— Esse segundo motivo tem vários desdobramentos. ——

Para começar, eles estão precisando muito falar e se conectar, seja para a saúde mental, seja para mostrar o que está acontecendo por lá.

Mas não, esse não será um artigo sobre Corona vírus.
Não tenho técnica e conhecimento para isso. Só sei que devemos evitar ao máximo contato social. O agora famoso “Distanciamento Social” seguido de toda uma série de regrinhas de higiene pessoal reforçadas.

O que nos deixou quase que 100% no mundo virtual.

E aí, contato vai e contato vem, chegam fotos das antigas, a gente se pega conversando como não fazíamos há anos, não somente sobre lembranças, mas também sobre novos temas que, na correria do dia a dia, não encontrariam muito espaço.

Uma das fotos que recebi são dos tempos do colégio, onde nosso único pensamento era como passar de ano em matemática.

(Sinceramente eu não sei se me jogaria hoje nas montanhas russas como fazia lá atrás, ver foto da capa deste artigo)

Ja são 10 anos de Brasil e de São Paulo, para mim essa foi uma montanha russa muito prazerosa.

Vim para cá ainda um moleque… para achar a minha América. E achei.

Amigos, a empresa, novos cachorros, amor, e tudo mais são a minha América.
Não foi tudo rosas, nunca será. Mas posso me definir uma pessoa de sorte por ter conseguido trabalhar duro e alcancar alguns objetivos.

Hoje me sinto metade italiano e metade brasileiro.

Ah Matteo, mas para quem você torce na Copa do Mundo?
(Esta não é uma pergunta difícil)

Diria que para a Italia, pois, o Brasil tem sempre times melhores e mais talentosos, então, é aquela história de Davi e Golias que me fascina. Mas sou sincero que o jogo já ganho, pois, uma das minhas pátrias vai ser campeã.

E eu vou sair na rua para festejar (Inclusive se eu pudesse dar uma segunda resposta, diria que torceria para que ganhasse o time onde eu pudesse sair para festejar depois com meu povo: ou seja, se estivesse no Brasil, torceria para a seleção brasileira).

Em São Paulo, me desenvolvi como empreendedor e ser humano adulto.
Aqui sou o Matteo da Refúgios Urbanos, do Prédios de São Paulo, etc. etc.

Na Itália eu era apenas o Matteo, e o que me lembro desse período de jovem garoto, era a quantidade de sonhos e desejos que populavam minha cabeça.

O ensinamento?
Não existe o Matteo de hoje sem o Matteo de ontem.
Esse é o dom mais precioso que recuperei conversando com os amigos sobre quando éramos jovens.

E você? Quais são suas raízes?

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sobre o autor

Matteo GavazziSócio-Fundador

Nascido em Roma, Itália, onde viveu até seus 20 anos, mudou-se para São Paulo em 2010, fazendo o mesmo caminho e trazendo os mesmos sonhos de Giuseppe Martinelli, um de seus maiores inspiradores. ...

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