O CENTRO QUE PULSA

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Por Rafael Sorrigotto
O CENTRO QUE PULSA

Presente no centro de todos os roteiros turísticos da cidade, o Theatro Municipal vive hoje um movimento que faz jus à sua importância histórica e urbanística.

Com ares de política pública europeia, e não tupiniquim, não apenas a instituição, mas a região de uma maneira geral, vem ganhando investimentos valiosos em termos culturais. É uma questão de olhar pro lugar com o carinho e cuidado que ele merece. Há um tempo quem ganhou brilho por lá foi a Rua Sete de Abril. Além de equipamentos urbanos e fiação subterrânea, a rua ganhou um trecho de calçadão. Tudo pensado pro pedestre numa região de movimento intenso de pessoas, cheio de comércio à volta.

 

Nos porões (e fachadas) do teatro as obras não param. Isso porque além da sala de espetáculos e do renomado restaurante, velhos conhecidos (mais dos turistas e dos que adotaram sampa como cidade que dos paulistanos, fato!), o complexo abrigará um charmoso bar, entre os arcos do subsolo da edificação. Fruto de uma concorrência vencida pelo entusiasta e argentino mais paulistano conhecido por essas bandas, Facundo Guerra, o empreendimento traz sangue (e público) novo pro teatro.

E não é apenas ele que ganha: a região toda. Shopping Light, metrô, comércios e serviços do entorno. E sabe como é, né? Um investimento inovador que já demonstra prévia de bem sucedido, dá lugar a diversos outros que esperavam essa faísca.

 

O Centro está em chamas! Pertinho do Theatro, na 24 de Maio, mais uma iniciativa de grande valia. Enorme, na verdade: em dimensão e impacto. Bem próximo à unidade do SENAC, o SESC inaugura uma nova unidade (vide imagem – crédito: SESCSP). Projetado pelo Paulo Mendes da Rocha e MMBB Arquitetos, o prédio abriga 29 mil metros quadrados de muita atividade (e oportunidade).

Teatro, restaurante, biblioteca, salas multiuso, espaços de convivência, cafeteria, consultórios odontológicos, espaços para exposições e oficina e até uma piscina na cobertura. Tudo isso numa região recheada de comércio, sem notoriedade após às dezoito horas. O único atrativo da rua – estreita para os carros frente ao grande volume de pessoas que transitam durante o dia – após o fechamento do comércio local era mesmo a programação do SENAC, e a passagem de quem vai ao Theatro, metrô, Praça da República.

 

Esse investimento deve mudar significativamente o comportamento do público na região. Trata-se de um empreendimento que traz consigo uma marca muito forte de sucesso com programação diária até às 22 horas. Isso significa muita gente usando e se apropriando das ruas, dos maiores charmes do Centro da cidade, ainda pouco explorados durante a noite.

E é muito encantador – palavras de quem vive por essas bandas e vivencia de pertinho isso tudo. No começo ia apenas em eventos cheios de estrutura como a Virada Cultural, que foi a grande responsável por fazer um bando de paulistanos conhecer a região e flertou com outros tantos que, assim como eu, acabaram se entregando e mudando pra região.

 

São novidades como essas que me fazem acreditar que tem muita coisa boa por vir. E se ainda não conhece a região, fica o convite. Faça uma visita guiada ao Theatro, almoce por lá, passeie sem rumo pelas ruas e permita-se encantar por toda a história e efervescência daquela região.

 

Só cuidado: é viciante.

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Rafael Sorrigotto

sobre o autor

Rafael SorrigottoSócio-Proprietário

Arquiteto por formação, corretor por paixão e cozinheiro no tempo livre! Sócio da Refúgios Urbanos, é formado pela UNESP, cursou pós-graduação na FIA Business School, em Negócios do Merc...

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