Como vender nostalgia?!

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por Matteo Gavazzi

Esses dias eu estava navegando no LinkedIn e trombei no termo “Newstalgia”. Segundo o Dicionário Collins a NEWSTALGIA é a prática de marketing que usa a nostalgia para vender um produto.

Confesso que não me lembro a profissional que postou sobre o mesmo, mas o assunto tangia o mercado imobiliário e falava do Edifício Jacques Pilon, do qual falarei mais tarde.

Fiquei intrigado, né? Óbvio.

Mas, afinal, o que é essa tal de Newstalgia?

 

Realmente temos visto nos últimos anos uma volta de produtos antigos reenvelopados.

Vitrolas modernas que tocam discos e possuem entradas USBs.

Releituras de carros antigos como o Mini Cooper ou bikes com cara de anos 50.

Reedições de máquinas do tipo “Polaroid” que imprimem fotos instantaneamente.

Todos esses fenômenos poderiam ficar debaixo da voz Newstalgia, como exemplos.

Vindo ao mercado imobiliário, no Brasil é muito mais comum termos o novo como melhor opção para “marketizar” um empreendimento.

De fato são raros os casos que usam a nostalgia para vender.

Um raro exemplo disso é o Edifício Jacques Pilon, que na verdade era o edifício IRRADIAÇÃO e que foi retrofitado usando a história do grande arquiteto francês como pano de fundo, para garantir a obra um fascínio todo particular.

Em empreendimentos novos o risco do antigo é que vire temático e rapidamente datado.

No mais, o que vemos é uma reletitura do clássico, o famoso Neoclássico, que parece nunca sair de moda.

Mas será que tem espaço para apostas diferentes?

Seria interessante, por exemplo, ver um lançamento em estilo Art Decò?

(Em NYC fizeram este)

Acredito que teria sim seu séquito de apoiadores e novos moradores em SP também.

E um eclético, em estilo parisiense, funcionaria nos nossos dias?

Difícil dizer, mas ainda acho que sim, já que o Neoclássico tem tanto adeptos.

O contemporâneo vem sempre caminhando nas costas do modernismo, com menos detalhes e mais funcionalidade. Este tem um mercado sempre maior, especialmente quando contempla o estilo de seus futuros moradores.

Mas fica a provocação, em tempos onde sonhamos bastante com o passado, e vez ou outra o descrevemos como “a melhor época pra se viver”, será que a moradia também não teria sua vez em usar o antigo como elemento de atração nas vendas?

Aos pósteros a resposta.

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sobre o autor

Matteo GavazziSócio-Fundador

Nascido em Roma, Itália, onde viveu até seus 20 anos, mudou-se para São Paulo em 2010, fazendo o mesmo caminho e trazendo os mesmos sonhos de Giuseppe Martinelli, um de seus maiores inspiradores. ...

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