Carta aberta ao Palacete Chavantes

Caro Palacete Chavantes,

Te escrevo essa carta como um arrivederci, um até logo…

Estamos mudando nossa sede, do dia a dia, para Higienópolis, mas sempre ficaremos com um pezinho em você.

Você é e sempre será nossa sede histórica, em todos os sentidos.

Histórica porque você já era cheio de histórias, mas histórica também porque escrevemos muitas páginas importantes juntos.

Me tornei sócio do Octavio, crescemos, derramamos lágrimas e suor, mas também muitas risadas entre suas quatro paredes. Neste Palacete.

Foi inspirador poder te ocupar.

Trabalhar em uma “casa suspensa” de 1927, toda esculpida pelo Liceu de Artes e Ofícios, foi um privilegio sem tamanho.

O triângulo de São Paulo, que foi minha casa nos últimos 6 anos, ainda não é 100% compreendido em sua beleza e valor, e por isso, hoje precisamos nos afastar por um período.

Por mim eu ficaria, mas estrategicamente, preciso pensar em um todo (clientes e associados da Refúgios Urbanos), não só em mim.

Mas como disse lá em cima, isso não é um adeus.

Nunca será.

Ainda vamos dedicar esse espaço puramente a cultura e a memória da cidade.

Tempo ao tempo.

Amanhã começa uma nova aventura, mas você será sempre aquela velha história que não se cansa de ouvir, e eu o velho gagá pronto a conta-la mais, e mais, e mais uma vez…