Os refúgios que meus pés pisam
VoltarTenho verdadeiro fascínio por pisos dos Refúgios que encontro pelo caminho. Essa mania de sempre parar e bater uma foto do chão, com meus pés ali.
Tem uma coisa energética mesmo, de presença, de estar sobre e sentir sua vibração.
Tem textura e temperatura, às vezes refrescante, outras aconchegante.
Tem gosto e requinte, seja na simplicidade ou na na riqueza de detalhes.
Tem historia!
Sobre isso me delongo um pouco. Minha mãe é historiadora e museóloga, e lembro que, desde pequena, em todas as viagens, ela parava e me falava: “Imagina quem já pisou nesse mesmo chão que estamos pisando aqui!”. Criança, eu sempre ficava pensando em todos aqueles que passaram por ali e pisaram o exato pedaço de pedra ou de ladrilho que eu estava pisando naquele momento. É quase um portal no tempo que se abre.
Tem história também de quem passou por aquele imóvel, seja um ser de quatro patas que deixou registro das suas unhas ou um neném que gostava de engatinhar com algum objeto em mãos.
Tem a passagem do tempo, da moda e arquitetura. Aquilo que um dia foi muito comum e hoje é diferente.
O piso é registo de vida.
O piso é base. E aqui no meu caso, é até quase poesia.
sobre o autor
Melanie GrailleCorretora Associada
Nascida em Barcelona, Melanie passou a infância pulando de cidade em cidade - Buenos Aires, Rio de Janeiro e Brasília - mas São Paulo foi a cidade que ela escolheu para viver depois de se formar em...
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