Localizado no extremo oeste da Cidade de São Paulo, as terras que hoje constituem o Bairro do Butantã tiveram diversos proprietários até chegar às mãos da Companhia City Melhoramentos, em 1915, empresa responsável pela urbanização de diversos lotes nas margens do Rio Pinheiros.
Constituído basicamente por sítios e chácaras, o desenvolvimento do bairro ocorreu especialmente com a implantação do Instituto Butantan – ainda de forma embrionária – quando da instalação do laboratório de pesquisa junto do Instituto Bacteriológico, na então Fazenda Butantã. Inaugurado em 1901, o Instituto Butantan viria a ser um dos centros de pesquisa mais importantes do mundo, recebendo investimentos e novos laboratórios. Com a importância cada vez maior desse centro de pesquisa, a população desse lado do rio aumentava de forma sistemática. Tanto por aqueles que trabalhavam nos laboratórios, quanto por aqueles que viam uma oportunidade de empreender e oferecer serviços e comércio para esses habitantes.
Outro fato que selaria o destino desse bairro foi o surgimento da Universidade de São Paulo em 1934, com a criação da Cidade Universitária. O local escolhido para estabelecer essa instituição também foram as terras da Fazenda Butantã, que possuía nada menos que 5 milhões de metros quadrados, e pertencia ao governo do estado.
A chegada do Jockey Club na década de 1930 também alterou paisagens e cotidiano do Butantã, ao contribuir para um afluxo significativo de visitantes e moradores, exigindo melhor infraestrutura de serviços e comércio.
A partir daí, o bairro iniciou uma vasta expansão. Hoje, possui mais de 54 mil habitantes e é atendido pela linha 4 amarela do metrô e possui duas dezenas de bairros, como: City Butantã, Caxingui e Jardim Previdência. Suas principais avenidas são a Vital Brasil, a Eusébio Matoso e a Corifeu de Azevedo Marques.