Narcisa: a cadela de nome engraçado
VoltarQuanto tempo você precisa para transformar uma nova ação em um hábito?
Alguns livros dizem que em 21 dias o ser humano é capaz de transformar uma tarefa que exige esforço em algo automático. Outros estudos falam em algo próximo a 70 dias.
E os cachorros? Quanto tempo precisam?
Eu, assim como o Matteo descreveu em um dos seus últimos posts, também andei observando mais o meu pet na quarentena.
Narcisa, da qual já falei aqui (e que aliás tem Instagram para mostrar o lifestyle canino @narcisa_dog) adquire um novo hábito em 3 dias.
Pobre humano que precisa de, no mínimo, 21 dias para aprender a acordar mais cedo.
Tempos atrás, antes da pandemia e da quarentena eu tinha colocado como meta que eu passearia com ela todos os dias às 07:00. Seria o meu primeiro compromisso do dia. Isso porque trabalhando muito tempo fora de casa, tempo esse que a Narcisa passava na maioria das vezes sozinha, percebi que ela ficava muito ansiosa e elétrica. “Passear com ela de manhã seria uma ótima maneira de gastar energia e, em consequência, ela ficará mais calma”, eu pensei.
Pois bem, funcionou. Eu fiz durante uma semana e a Narcisa aprendeu rapidinho. Assim que eu levantava, ela já ia para a porta e ficava ao lado da coleira.
Acontece que ela adquiriu o hábito e eu não. E demorou longas semanas para ela entender que a humana falhou na missão.
Se eu pudesse descrever a Narcisa em uma palavra, seria: metódica.
Nessa quarentena, costumo acordar por volta das 07:30.
Levanto e a Narcisa vai junto comigo.
Vou até a cozinha, abro a porta do quintal, coloco comida e água para ela. Só depois me sinto no direito de poder usar o banheiro.
Enquanto isso, a Narcisa come, faz suas necessidades e se ela termina mais rápido do que eu, ela me espera em frente a porta do quarto, pra onde volto para me trocar e começar o dia.
A Narcisa tem hora pra comer, para dormir, para ficar na varanda, para pegar sol, para brincar, tirar uma soneca…
E se as coisas saem do roteiro ela reclama. Chora, chama atenção…
Gosto de pensar que dentro desse corpo peludo existe um ser humaninho cheio de personalidade e atitude.
Ela atende a todos os apelidos que colocamos nela (que não são poucos, aliás).
Narcisa, Cisa, baby, babynha, bebezão e o mais novo: bibi.
E é engraçado como ela se adapta as nossas personalidades.
Ela adora colo, ficar muito perto e costuma me consolar quando eu estou triste.
Já com o Almiro, ela é brincalhona e até um pouco afrontosa.
Resgatamos ela filhote e no começo dava um baita trabalho. Comia e estragava tudo o que via pela frente. Eu podia fazer um inventário de todas as coisas que ela já estragou. Aliás, fico pensando nessa brincadeira.
Escrever uma lista de coisas que ela já estragou e enquadrar, eu acho que essa lista não caberia nem numa folha A2.
No final da página uma assinatura. A impressão digital da pata ou uma mordida. A segunda opção combinaria melhor com ela.
Mas sejamos sinceros. Por mais que eles estraguem as coisas e dão trabalho de vez em quando, que graça teria sua casa sem seu cachorrinho? Ou seu gatinho? Nenhuma.
Eles fazem parte do nosso refúgio urbano.
sobre o autor
Karen SiqueiraSócia Proprietária
Nascida em São Caetano do Sul, morou maior parte da sua vida em Santo André, no ABC Paulista e cursou a faculdade de arquitetura e urbanismo. Mesmo fora da capital, qualquer ocasião era uma boa de...
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Adorei o texto Ka, e super me identifiquei com a historia de dar comida antes de ir pro banheiro…O que não fazemos por esses pets lindos?