A casa dos sonhos

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Por Rafael Sorrigotto
SOBRE MORAR BEM E APAIXONAR-SE

Assim como um namoro, quando pensamos na casa dos sonhos tem um mundo de encantarias: planejamentos e ideias de uma vida. Para escolher o lugar, a cor das paredes, a combinação das almofadas, as companhias. Tudo meticulosamente sonhado e, com rigor, buscado.

Uma vida inteira planejada nos mínimos detalhes.

Bem que tentamos racionalizar e projetarmos o futuro de uma forma cartesiana e cheia de arredondamentos e casas decimais. Vez ou outra a vida manda logo um safanão que é para entendermos a beleza do inesperado. Ou melhor, nem tão fortuito: para isso é preciso estar disposto. Estando aberto a acontecer, mais de meio caminho andado.

Pensa na cena: olho a foto, simpatizo. Busco nas redes sociais, vejo as fotos marcadas, digito num site de busca qualquer para ver o que aparece. Sei bem o que quero encontrar, passo a passo vou desvendando cada pedacinho. Aquele escopo detetive que hoje em dia todos temos com a gente, pelo menos quando precisa.

Acontece que sempre sucede aquela incerteza – o tal “ser correspondido ou não?”. Aí, só conhecendo melhor mesmo.

É tirar os dedos do celular, sair do mundo das nuvens e encarar a vida real, de sensações e impressões. Luz, temperatura e som; toque. A melhor das sensações, a mais real das vontades. A realização de um sonho.

Imediatamente a imagem penetra surdamente e com impressionante velocidade do globo ocular aos pensamentos. Torna-se rapidamente parte de um cenário inventado, até então imaginado. Assim como o aroma pode tanto remeter a lembranças afetivas quanto trazer novidade, o cheiro do novo ou o cheiro de novo. Algo que possamos apreender como nosso, aguçar o faro. Do mesmo modo o toque leve em cada superfície, textura e, passivamente, o arranjo perfeito entre movimento e fluidez do vento soprando e conferindo movimento à cena. Afinal são todas sensações únicas vivenciadas com a finalidade exclusiva de confirmar a nossa tese: encontramos, enfim, o que buscávamos.

Olha que pode ser uma vez só na vida, não? Quantas histórias ouvimos de casais que deram o primeiro beijo da vida um no outro e, sem rodeios, foram parar no altar. Ou mesmo aquele sonho antigo de fazer uma viagem por diversos países, conhecer culturas e línguas e sabores e cores, até que surge, de supetão, um módico restaurante. Com um atendimento que encanta, pratos entregues na textura, temperatura e aparência perfeitos acompanhado de um bom drink. Milhares de possibilidades de memória afetiva e lembranças, mas o que ficou, por vezes, foi algo relativamente simples em relação a tudo o que se vivenciou.

Estar atento ao que se passa ao redor é primordial.

Quantos amores não passaram por perto, um avizinhado de futuro e, possivelmente, perdemos de vista focados nas telas que nos prendem e consomem com fake news ou imagens replicadas em redes sociais. Quantos cachorros abandonados que poderia vir a se tornar aquele fiel escudeiro que fugimos o olhar por passarmos apressados nas ruas da cidade. E os lugares que conhecemos e poderiam mostrar-se bem mais encantadores do que os percebemos, dada a falta de atenção e zelo ao adentrar. Visitas a amigos e familiares postergamos priorizando coisas que, passado pouco tempo, percebemos sem tanta importância. E por vezes é tarde, perde-se o timing e pronto. Não tem volta.

De acordo com Guimarães Rosa, pensando no dia que nunca chega, na melhor hora que, de tão planejada, vira hipótese. “Amanhã é que ia ser mesmo a festa, a missa, o todo do povo, o dia inteiro. Dião de dia!”.
Existe casamento após o primeiro beijo, aquele detalhe ínfimo de uma viagem que torna a lembrança mais afetiva e cheia de amores, aquele lugar que conhecemos e de fato grudou na memória, uma visita inesperada que se torna inesquecível. Para tudo isso é preciso atenção, e principalmente: estar disposto.

Dessa forma para chamego, afã, bichos, e porque não, morada.

De antemão nosso trabalho é, primeiro, conquistar a confiança de quem sonha morar bem. Essa confiabilidade é uma façanha que provém de um encantamento. Encantador de clientes – gosto dessa atual nomenclatura ao bom e velho “atender bem para atender sempre”.

Premissa na Refúgios Urbanos – e grande trunfo. Costurada essa relação de confiabilidade entre as partes, aí sim podemos adentrar ao universo dos sonhos, ideias e planejamentos de uma vida inteira. Troca necessária para que, do outro lado do sonho, possamos pegar em sua mão e te apresentarmos a tão esperada: nova casa!

Seja bem-vindo na sua casa!

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Rafael Sorrigotto

sobre o autor

Rafael SorrigottoSócio-Proprietário

Arquiteto por formação, corretor por paixão e cozinheiro no tempo livre! Sócio da Refúgios Urbanos, é formado pela UNESP, cursou pós-graduação na FIA Business School, em Negócios do Merc...

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