Tchau, 2020!
VoltarEm meus pouco mais de 51 anos de vida, é certo que nenhum outro ano será tão memorável quanto esse 2020 que chega ao fim.
Assim como o 11 de Setembro, a morte do Senna e a semifinal da Copa de 2014, lembraremos sempre onde, com quem estávamos e como foi nossa quarentena e isolamento durante a Pandemia do Coronavírus.
Um ano complexo, repleto de desafios profundamente pessoais e amplamente sociais. Ao mesmo tempo!
Alguns com soluções ao alcance de nossas vontades, outros tão distantes que só restava desejar que pudessem ser superados e assistir seus desdobramentos.
Um ano de uma miríade de quarentenas, das mais brandas as mais restritivas; por necessidade, opção ou até descaso.
De tensões entre o dever ficar em casa, o precisar sair e o não ter escolha.
E tantas questões, dúvidas, incertezas em meio a batalhas pelo direto de ser dono da verdade mais verdadeira: o vírus é real? Os mortos estão mesmo mortos? É tudo realmente uma grande conspiração ou nada mais que uma gripezinha?
Em meio a tudo isso, a dor da perda.
Tantos se foram. A princípio somente números, distantes.
E logo mais próximos. Pais e mães de amigos, familiares, conhecidos, amigos…
E partilhamos as lágrimas, celebrando a vida dos que nos deixaram.
Em meio a tudo isso, solidariedade.
Em redes locais ou mais amplas, pessoas se ajudando, olhando e apoiando uns aos outros.
Em meio a tudo isso, conexões.
Muitas, milhares de bilhões de chamadas de voz, vídeo ou simples mensagens para amigos, amores e família.
Tantas reuniões, calls, aulas e até happy hours em mosaicos de pequenas telas.
Quisemos mesmo que fosse, a ilusão da proximidade.
E quantas resoluções?
Agora vai dieta, vida saudável, meditar, ler um livro por semana, cozinhar, fazer aquele curso, aprender violão…só para descobrir que o tempo segue finito e ainda é preciso escolher e se dedicar.
E muitas plantas novas, novos cantinhos na antiga casa ou até uma casa de fato totalmente nova.
O morar ganhou novo status, com peso na busca pelo bem-viver.
Por fim, este turbilhão nos mostrou o quanto somos frágeis, quanta pobreza, miséria, injustiças ainda precisamos enfrentar e equilibrar, o que verdadeiramente nos é importante, a imensa capacidade de adaptação que temos e a mais definitiva demonstração de que somos de fato uma aldeia global.
A Pandemia não irá desaparecer magicamente na virada para o novo ano.
2021 vai nascer pandêmico e pessoalmente não acredito que iremos deixar as máscaras na gaveta antes do segundo semestre.
Será ainda um ano de desafios e (novas) adaptações e nós, que ficamos, devemos ter o compromisso de o fazer o melhor que pudermos. Juntos.
Vem, 2021! O recebemos com esperança!
sobre o autor
Octavio PonteduraSócio-Proprietário
Nascido em Londrina, vive em São Paulo há mais de duas décadas. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), seguiu carreira corporativa por boa parte da vida, trabal...
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