Está servido de um cafezinho?
VoltarO aroma de café sendo passado para mim tem o cheirinho perfeito de um lar
Venho de uma família onde o cafezinho está sempre presente a mesa; chegou alguém em casa? Vamos passar um café!
O ritual de receber com uma boa xícara de café me faz recordar a infância, pois amava ajudar a preparar o café desde bem pequena. “Mãe, posso ajudar a preparar o cafezinho?”
E lá íamos nós, eu, minha irmã e minha mãe, para a cozinha.
Hoje em dia, na casa dos meus pais, “Seo Ithamar” é o grande responsável pelo preparo desta iguaria, já que ama preparar um café para quem chega.
Memórias olfativas
Um dos lados da família é de mineiros* e o cafezinho era SEMPRE acompanhado de muitas delícias, “quitandas” como se diz por lá nas Minas Gerais: bolachinhas, biscoitos de polvilho, bolinho de fubá fresquinho, pão de queijo, doce de leite, de abóbora, de mamão, além de cidra…uma infinidade de delícias, claro, também sempre acompanhadas de queijo, muito queijo.
Tem como não amar?
No lado paulista da família, o cafezinho, por si só sempre foi um evento. Sempre coado na hora, perfumando o ar e acompanhado de muita conversa.
Na casa da “tia Stella” é só chegar, que será servido de café fresquinho. Muitas lembranças carinhosas de cafezinhos tomadas por lá.
Dentro destas memórias há ainda a casa dos meus avós e muitas histórias ao redor da mesa do cafezinho.
Desta forma para mim casa tem cheiro de café fresco, minhas memórias olfativas mais “doces”.
E para além de casa, a paixão continua…
Para além do cafezinho caseiro, reunindo ao redor da mesa, ou tomado em pé “ao pé do fogão”, amo cafeterias e tudo que se relaciona a café: moedores, xícaras, bandejas…
A paixão é tanta que já tive muitos itens do preparo ao longo de minha vida: cafeteiras elétricas, italianas, máquinas de expresso, coadores de pano e, além disso, milhares de xicrinhas e canecas.
Aliás, já até fui proprietária de uma cafeteria, chamada Atelier Café.
A felicidade em forma de xícara
Quer me ver feliz? Me ofereça um café, rsrsr
Aliás, amo acordar com o cheiro de café passado.
Também amo tomar cafezinho com amigos na rua e descobrir novas cafeterias e novas formas de tomar.
E o café pode ser acompanhado de raspas de limão siciliano, grãozinhos de cardamomo, uma pitada de canela, uma bola de sorvete de creme, espuminha de leite vaporizado. Pura felicidade!
Sempre que posso ao andar por aí no bairro e, entre uma e outra visita aos apês, uma paradinha para tomar café.
Cafeterias e padocas não faltam pelo caminho.
A saber minhas preferidas são: Café Floresta (Copan), Magg Café, Por um Punhado de Dólares, Café Canelinha, todas bem pertinho de casa.
*Os mineiros são o ramo da família de minha mãe Marli, sua mãe era mineira.
Foto de capa: Marcello Orsi, apartamento no Copan.
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