Culinária “amada” árabe !

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Por Juliana Francisco

Sou descendente de Sírios e Libaneses, por parte de pai sou descendente de Sírios e por parte de mãe de Libaneses. Na mesa da minha família temos que falar pão Sírio para meu pai e pão árabe para minha mãe, minha avó Regina fazia esfihas fechadas de carne todo o sábado, tento fechar os olhos e me recordar do sabor e aroma. Lembranças a parte vim aqui falar da minha paixão pela culinária árabe, ainda não sei cozinhar muitos pratos, mas são os que mais gosto de comer, entender e pesquisar. Gosto do aroma, das cores e é claro do sabor, me encanta acima de tudo ser uma culinária saudável e fresca.

História:

Esta amada culinária árabe tem raízes milenares. Definir a origem da cozinha árabe é uma tarefa complicada, alguns acreditam que foi das civilizações que povoaram o “crescente fértil” (região da mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates) que se propagou para países vizinhos como Egito, Creta e Pérsia. Nesses rios, além da prática da pesca, já eram usados sistemas de irrigação que cultivavam legumes, cereais e frutas. Da criação do gado aproveitava-se muito o leite para fazer coalhada e outros derivados.

Trata-se da culinária da antiga Mesopotâmia (região que hoje corresponde, principalmente, ao território do atual Iraque).
Através de trabalhos já publicados pode-se ter uma pequena e importante noção desta cozinha, que é considera como “a mais antiga culinária do mundo”. Há muito desta história a ser pesquisada. Vou citar algumas curiosidades.

Pão Sírio/Árabe:

O pão que o cristianismo acredita que Jesus repartiu na Santa Ceia é o pão em forma de disco que atualmente é conhecido como pão Sírio/Árabe.

O Almoço:

Para os árabes o almoço é a principal refeição do dia. Saladas são servidas como acompanhamento do prato principal que geralmente consiste de uma porção de carne, frango ou peixe, uma porção de arroz ou pão, e uma porção de vegetais cozidos em adição àqueles frescos da salada.

Para agradar:

Se for convidado para uma refeição na casa de meus “patrícios” não negue nada, fartura é lei! Coma com as mãos os aperitivos, com pão, coalhada seca, homus, babaganuche e outros, faça uma tronxinha e mada bala.

Sahtein, صحتين – dialeto libanês e sírio: significa “bom apetite!”. Se diz “sartén”, com o “r” de carioca e a sílaba forte em “tén”.

Tempero:

Za’atar (em árabe زعت), também zátar ou zaatar, é uma mistura de especiarias usada como condimento e originária do Oriente Médio, marcante na culinária árabe.

Tabule:

Como pode ser tão maravilhosa esta simples mistura de ingredientes? Completa e nutritiva.

Algumas Receitas para você!

Pão de zátar

Ingredientes

700 g de farinha de trigo

30 g de fermento biológico para pão

250 de óleo vegetal

375 ml de água morna

1 colher (sopa) de açúcar

1 colher (sopa) de sal

2 colheres (sopa) de zátar

3 colheres (sopa) de azeite

Modo de preparo

Misture o fermento com o açúcar.
Adicione a água e misture.
Acrescente o óleo e o sal e misture bem.
Coloque metade da farinha e mexa bem com uma colher até que a massa fique clara e lisa.
Aos poucos, adicione mais farinha de trigo e vá sovando até que ela solte das mãos.
Divide a massa em bolinhas e as disponha em uma superfície enfarinhada.
Misture o zátar com o azeite.
Abra a bolinha de massa e passa o zátar nela.
Asse em forno médio que os pães fiquem dourados e, o zátar, seco.

Tabule:

Ingredientes

3 xícaras de trigo para kibe lavado e escorrido

10 tomates para salada pequenos sem sementes, em quadradinhos

3 xícaras de salsa bem picada

¾ xícara de cebolinha verde bem picada

1 ½ xícara de hortelã bem picada

1 cebola média bem picada

3 pepinos pequenos descascados e cortados em cubinhos

Sal, suco de limão e azeite a gosto

1 alface separada em folhas e lavada

Modo de Preparo

Coloque o trigo numa tigela bem grande, cubra com água, mexa e deixe assentar um pouco no fundo da tigela. Escorra. Repita essa operação por mais quatro vezes. Retire porções do trigo com as mãos e aperte bem para eliminar toda a água. Coloque numa tigela, cubra com um pano de prato e deixe descansar por cerca de 2 horas para o trigo crescer e ficar macio.

Acrescente o tomate, a salsa, a cebolinha, a hortelã, a cebola e o pepino à tigela, tempere com sal, suco de limão e azeite a gosto e misture bem. Coloque o tabule numa travessa. Coloque as folhas de alface em outra travessa.

Leve o tabule e a alface à mesa. Para se servir, ponha um pouco do tabule no meio de uma folha de alface e embrulhe formando uma trouxinha. Leva à boca com as mãos.

Sahtein – BOM APETITE!

Fontes:

contraverso.com.br

wikipedia

 

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sobre o autor

Juliana FranciscoCorretora Associada

Paulistana, ama contar que nasceu a alguns metros da Av. Paulista, um de seus lugares preferidos em São Paulo. Descendente de árabes, acredita que seu amor pelos bons negócios está no sangue. Mã...

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