COM MÚSICA, QUASE SEMPRE É MUITO MAIS GOSTOSO!

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Por Geraldo Antunes Som ambiente

 

Vamos combinar o seguinte: com música, tudo fica mais gostoso! Mas há perigos…

Há uns dias atrás, fiquei com uma vontade tremenda de tomar um gostoso cappuccino. No caminho,  entre uma visita a um imóvel com um cliente e outro que iria captar, parei num café que sempre chamou minha atenção. Pequeno, charmoso e com um ambiente pra lá de convidativo. Cadeiras e mesas aconchegantes, decoração caprichada e sem exageros, música legal e… num volume completamente fora de adequação!

Para pedir a ansiada bebida, precisei  vencer os decibéis exagerados que vinham da caixa de som com gestos, caras e bocas que me fizessem entender. Resultado: acabei tomando um chocolate quente que, mesmo estando ok, estava a anos luz de ser um cappuccino. Certamente, um descuido. Mas que pode marcar negativamente.

Certa vez, numa situação inversa a essa que acabo de descrever, fui ao Le Jazz, restaurante/bistrô muito bacana, localizado em Pinheiros, em comemoração ao aniversário de um grande amigo. Como não poderia deixar de ser, o som ambiente da casa era composto exclusivamente por standards jazzísticos da melhor qualidade. E,  para o bem dos clientes e dos garçons,  estava perfeito, numa altura civilizada e bem equalizado.

A voz aveludada da Sarah Vaughan não competia com a minha nem com as dos meus convivas. Pude reconhecer o timbre seguro do trompete com surdina do Lee Morgan sem ter que tapar os ouvidos com miolo de pão do couvert!

Feito o pedido, recebi das mãos do garçom exatamente o que pedi. Uma deliciosa e delicada rabada, acompanhada por um purê de mandioquinha no lugar do de batatas constante no cardápio. Tudo certo e como deveria ser, sem precisar falar alto ou pedir pro Coltrane segurar um pouco o solo!

Nesse caso, temos um acerto até obvio. Porém, sensato. Um restaurante, com música até no nome, cuidando para que esse detalhe fundamental não se sobreponha à principal finalidade da casa e seu bom andamento.

Faço esse prólogo para chegar ao ponto desejado: numa visita a um apartamento que esteja sendo vendido, o ambiente que vai ser encontrado pelo possível comprador pode, com toda certeza, interferir em sua decisão.

Além de uma arrumação prévia, para deixar tudo no lugar certo, boa música, no volume correto,  pode ser uma ótima sugestão e pode muito bem vir colaborar para o sucesso da venda.

As notas suaves de uma canção, os acordes acolhedores de uma sonata para piano, ou mesmo a batida moderna da música eletrônica, são excelentes complementos para um transformar um lugar que, provavelmente, já é bacana, num ambiente irresistivelmente atraente.

Encontrar a música que você gosta e propô-la como a  que combina com a sua casa! Testar essa situação pode ser uma experiência fascinante. Ponto a favor, na certa! Tudo depende do bom senso de quem propõe a música. Muito mais do que quem a ouve.

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sobre o autor

Geraldo AntunesCorretor Associado

Sabe aquele cara que sabe fazer um pouco de tudo e tem o dom para atendimento? Esse cara é o Geraldo. Sua formação e atuação são multifacetadas. Por vários anos, gerenciou a banca de jornal...

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