The Beatles: sinta-se em casa!

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Por Geraldo Antunes Som ambiente

Sentir-se em casa é um estado de espirito. Está diretamente ligado a diversos aspectos que nos confirmam esse sentimento.

Há o aspecto concreto. Uma casa habitada por uma mesma família por muitos anos é o paradigma dessa condição. Afinal, podemos ter circulando e vivendo por esse mesmo ambiente, pessoas de mais de uma geração até.

A casa era da D. Luzia, que teve filhos. Estes tiveram os netos de D. Luzia, que continuaram a frequentar aquela mesma residência, e que tiveram também seus descendentes, e assim por diante.

Mas há os fatores menos palpáveis, que podem tornar nossa percepção em relação a um ambiente, tão familiar como a casa de D. Luzia era para ela e para os seus.

Falo dos gerados pelos nossos sentidos. Cheiros, sabores, cores, vozes, sons etc.

Todos já nos sentimos, certamente mais de uma vez, transportados involuntariamente pela imaginação e pela memória, para uma situação que não seja exatamente a que estamos vivendo no momento.

Vem aquela sensação imediata de familiaridade, que pode tanto nos confortar e alegrar, como pode também nos remeter a momentos menos agradáveis de nossas vidas.

Sons e memórias.

O sentido que considero o mais poderoso nesse vai e vem de emoções é o da audição. Sendo mais direto, vejo a música como o mais eficiente gerador de reminiscências inconscientes, entre as tantas com as quais nos deparamos durante a vida.

E, sendo mais objetivo ainda, reputo à música dos Beatles  o poder atemporal e insuperável de nos fazer viajar, livres e soltos, pelo tempo e pelas lembranças.

Como não se sentir em casa ao ouvir, por exemplo, Let it be? Como não se sentir reconfortado ao identificar os primeiros acordes de Penny Lane?

Não posso falar por outras pessoas, mas ao ouvir o refrão e o coro em Hey Jude, meu olhos invariavelmente marejam. Eu sei, é batido, é quase brega, e o Paul ainda a toca em todos os seus shows! Mas é lindo, e me emociona.

A força da música desses caras é tanta, e tão incontestável, que é comum vermos o brilho nos olhos de uma pessoa de 80 anos, ao ouvir Yesterday, mesmo que seja na voz do Sinatra ou de alguma das milhares de versões já feitas para essa canção.

Assim como é corriqueiro encontrarmos crianças com menos de dez anos sabendo de quem é Lady Madonna.

Minha preferida,  se é possível ter apenas uma predileta, é For no one, do álbum Revolver. Briga com She’s leaving home, do clássico Sgt.Peppers lonely hearts club band.

São tantas, e com tanta qualidade, que seria improdutivo elencá-las e ordená-las por ordem de gosto.

O que vale é que são todas deles, The Beatles, e que nos fazem nos sentirmos em casa, sempre e onde quer que estejamos, tenhamos 8 anos, como tem meu filho, ou 86, como tem meu pai.

Isso não é saudosismo. É prova de qualidade!

Por falar em versões, seguem duas que considero sensacionais…

 

https://www.youtube.com/watch?v=Dg1y0w4O4Aw

https://www.youtube.com/watch?v=a46lZCk0UWU

 

 

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sobre o autor

Geraldo AntunesCorretor Associado

Sabe aquele cara que sabe fazer um pouco de tudo e tem o dom para atendimento? Esse cara é o Geraldo. Sua formação e atuação são multifacetadas. Por vários anos, gerenciou a banca de jornal...

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