Ana Shaida é sócia da Refúgios Urbanos, atuando como gestora das áreas de comunicação, marketing e branding. Possui formação em Design e especialização em Design de Serviços. Paraense do interior, nasceu em Santarém, mas desde a infância nutria um desejo de viver em São Paulo. Ela nos recebeu para falar de um imóvel cheio de histórias muitos especiais.
R.U: Como você encontrou esse imóvel, e por que ele chamou a sua atenção?
Encontrei este apartamento no site da Refúgios. Eu já andava namorando os anúncios semanalmente e estava em contato com o Luciano, meu sócio e corretor que me vendeu o apartamento, desde que eu e meu marido, Cristiano, decidimos que compraríamos um apartamento para o nosso filho, Sebastião.
Na época, ele tinha um ano de idade e seria o primeiro investimento para ele. Como sou uma profissional do mercado imobiliário, foi natural pensar na compra de um imóvel.
Na verdade, o Ed. Marian/ Germaine Buchard sempre me chamou a atenção pelo estilo art déco, com detalhes cor-de-rosa e sua fachada modulada com varandas contínuas com vista para o centro histórico. Sempre tive curiosidade de conhecê-lo por dentro. Quando vi o anúncio desse apartamento e soube que era nesse prédio, na mesma hora mandei mensagem para o Luciano.
R.U: Qual é a sua relação com essa região central da cidade?
Eu não tenho uma grande vivência no centro histórico, mas sempre tive uma grande curiosidade, pois, antes de morar em São Paulo, eu vislumbrava essa cidade pelos seus pontos turísticos, e vários deles estão no centro; como o Teatro Municipal, o Farol Santander, o Edifício Martinelli, a Catedral da Sé, entre outros.
Quando entrei na Refúgios em 2018, o escritório era no Palacete Chavantes, um edifício histórico de dez andares, construído em 1934, que fica próximo à praça da Sé. Então, a partir daí eu comecei a criar uma relação cotidiana com um olhar apreciativo para a história de São Paulo.
Contar com a consultoria do Luciano, que vivenciava o centro como morador e profissional, foi muito importante e esclarecedor para que eu fizesse uma compra consciente.
R.U: E por que Amélie Poulain?
Eu faço parte dos fãs do filme (risos)!
Como o uso do apartamento inicialmente seria para aluguel por temporada, quis fazer algo que o diferenciasse das outras unidades que já existiam no edifício com a mesma finalidade.
Eu gosto muito da estética do filme: as cores vibrantes e saturadas, a iluminação lúdica, o figurino retrô e o cenário charmoso e cheio de detalhes me pareceram um pano de fundo interessante para inspirar essa decoração.
Além disso, a mensagem positiva do filme é o tipo de ensinamento que eu quero deixar de herança para o meu filho. Apreciar os pequenos prazeres da vida cotidiana libera doses de alegria que nos proporcionam um estado de felicidade mais duradouro.
Eu tenho consciência de que ele está tendo um privilégio de ganhar um imóvel com tão pouca idade, mas escolher esse prédio, essa localização e essa decoração foram propositais para que junto com um bem, ele também recebesse um princípio.
Ah! E, por coincidência, eu recebi o apartamento decorado em um 29 de agosto. Os fãs do filme vão entender o que isso significa (risos)!
R.U: A vista da varanda do apartamento é privilegiada! Quais pontos importantes da arquitetura histórica da cidade conseguimos visualizar?
Essa parte foi a “cerejinha do bolo”. Quando eu entrei no apartamento, fui direto para a varanda e, para minha surpresa, eu dei de cara com uma vista nítida de uma São Paulo diferente da que eu imaginava, mas que contava sua história através do seu movimento habitual e dos seus prédios “preservados” de diferentes alturas e estilos arquitetônicos que a constroem.
E como se não bastasse, eu consigo avistar o Edifício Martinelli e o Edifício Altino Arantes, onde fica o Farol Santander, um dos meus passeios favoritos com o Tião.
O que eu vislumbro agora é ele adulto, sentado na varanda e enxergando um pouco dessa perspectiva de vida.
(Instagram: @legermainepoulain)
