Liliane é corretora associada da Refúgios Urbanos e atua, entre outros bairros, na Aclimação. Ela nos recebeu para falar sobre um condomínio icônico desse bairro, o Condomínio Parque Aclimação, que fez com que ela se apaixonasse ainda mais pela região, a ponto de adquirir seu próprio imóvel no local.
Aqui era onde ficava a sede da fazenda da família Kowarick. Depois o bairro foi crescendo, essa região foi vendida e ergueram esses prédios. Por isso algumas pessoas acabam chamando de Conjunto Kowarick, mas o oficial mesmo é Condomínio Parque Aclimação.
Você tem muitas facilidades nos arredores; feira livre descendo a rua, mercado, padaria, o Parque Aclimação está aqui próximo e estamos pertinho da Paulista. É um bairro autossuficiente, bem rico; nesse quadrilátero em que a gente está, o que me conquistou foi justamente isso, a facilidade.
É uma região em si muito calma, com uma rotina diurna. Esse miolo aqui já está consolidado; tem pouco espaço para subir novos prédios, então a vista está garantida.
Esse conceito com o bosque, é o que eu acho que chama mais atenção desse condomínio. Estamos em uma região central, em um condomínio com essa estética, e é mágico!
Depois que eu comecei a atender aqui, eu vejo o brilho nos olhos das pessoas, porque a gente trabalha muito com apartamentos reformados, e na hora que você entra com um cliente em um apartamento que é para reforma total, com um ticket bem alto e ainda vê o sorriso da pessoa, o olho brilhando, você fala “nossa, que magia que esse lugar tem!”.
Depois de tanto ficar lendo a história daqui, onde falam do conceito do posicionamento das torres, no formato de ferradura — um símbolo de sorte —, dá a impressão de que esse condomínio é abençoado, porque não tem como você explicar uma pessoa entrar em um apartamento para reformar totalmente e ficar tão deslumbrada.
R.U: E a estrutura dele também é bem interessante, pelo que estou vendo, tem um super jardim, árvores frutíferas…
Tudo pensado para ser um diferencial! E esse foi considerado o primeiro condomínio-clube da América Latina. Temos a quadra de esportes, a piscina, que é elevada do terreno, com relatos de ser a primeira, também, da América Latina, tem salão de festas, playground… então uma estrutura dessas, nos anos 60, era um super diferencial. Foi um “boom”, um sucesso. A arquitetura também, essas janelas, chamam muito a atenção.
R.U: E qual a razão de cada torre ter nome de pedras?
Foi por conta das ruas daqui do bairro, que têm nomes de pedras preciosas: tem rua Turmalina, Alabastro… e o curioso é que no hall de cada torre foi criado um painel de vidrotil (pastilhas) com desenhos que contavam sobre o garimpo de cada pedra que nomeia os edifícios. Hoje, dos oito painéis, somente três são originais.
R.U: Você sempre morou por aqui?
Não, eu morei na Mooca por 15 anos. Eu morava em um condomínio-clube lá também, mas naquele conceito dos anos 2000. Depois que eu comecei a trabalhar na Refúgios, eu fui me apaixonando por essas plantas datadas, porque você pode não ter varanda, mas em compensação, ganha metragem nos outros ambientes, quartos amplos, sala… eu tive oportunidade de vender meu antigo apartamento e queria algo que não precisasse mudar muito o meu dia a dia. Lá tinha um parque muito gostoso, onde minhas filhas caminhavam, brincavam, e eu queria isso; não queria sair de lá e ir para um condomínio de uma torre só. Quando eu recebi o convite da Ana (Shaida) para vir conhecer aqui, fiquei deslumbrada com esse lugar.
Foi engraçado porque ela estava captando um outro apartamento e eu queria um de planta mais ampla. Pesquisei e tinha esse; aí falei: “Ana, vai lá e tenta captar”, e não deu outra!” (risos).
R.U: E você já era corretora antes de vir para a Refúgios?
Não… eu sou formada em decoração, trabalhei com decoração comercial. Era vitrinista de uma marca de luxo famosa; então eu saí, fui fazer design de joias, e comecei a fazer peças para noivas em crochê.
Depois eu engravidei e fiquei um período dando atenção para minha filha…quando ela já estava em fase escolar, comecei a trabalhar com perfumaria residencial, onde eu tinha uma agenda em casa e conseguia também cuidar das demandas dela. Eu tive uma marca nesse ramo e por muito tempo trabalhei nela. A época da pandemia foi onde ela decolou e eu vendi muito, mas passando esse período, as coisas mudaram, os insumos ficaram caros e eu decidi fechar a marca. Foi aí que eu decidi fazer o curso de corretagem, tirei o CRECI e precisava fazer um estágio. Mandei mensagem na Refúgios porque eu tinha um amigo que trabalhava lá e achei que seria só um estágio mesmo; no fim acabei entrando!
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Essa é a primeira parte da história da Liliane no Condomínio Parque Aclimação; ainda há muito a ser escrito no processo de reforma e mudança para o novo apartamento. Aguardem a parte dois, que virá em breve! :)









