Fomos recebidos pela Joana, em seu imóvel adquirido na Refúgios, para contar um pouco de sua experiência e sua história. Nascida em Santo André, ela viveu algum tempo fora do Brasil e em outra cidade do país, e quando retornou a São Paulo, decidiu estabelecer-se na região da Vila Mariana, bairro que ganhou seu coração:
Eu já acompanhava a Refúgios pelas redes sociais e, quando vi o anúncio desse imóvel, pensei: “deixa eu mandar mensagem”. Aí vi lá que era a Ana (Shaida) a corretora, e tinha o Instagram dela. Na hora mandei um zap e comecei a segui-la; era um final de semana no meio da pandemia (2021), então tava tudo aquela confusão. Quando saiu o anúncio, fui uma das primeiras, com certeza, a mandar mensagem. Já estava procurando apartamento nessa região, e queria que fosse perto do parque do Ibirapuera porque eu corro, então pra mim é muito importante. Eu não tenho e nem quero mais ter carro, então não queria morar em um lugar longe, por conta disso.
Quando mandei mensagem, agendamos e fui a primeira a vir aqui; fiz uma proposta. Esse era um apartamento antigo, de cinco proprietárias, e tinha morado uma inquilina por trinta anos, então nunca houve uma reforma. Já estava para alugar há algum tempo antes de vir para a Refúgios e, depois disso, foi rapidíssimo. Eu vi um super potencial; era um apartamento que precisava ser reformado, mas dava pra manter muito da essência.
Eu reformei esse piso, que amo, acho lindo, e todo o rodapé, que também não estava legal. Também tinha um banheiro gigante, que um arquiteto amigo me aconselhou a transformar em dois e criar uma suíte, o que deu uma valorizada no imóvel.
Onde está ali a geladeira era um banheiro e um outro quarto; eu optei por fazer uma lavanderia lá, aumentar a cozinha, fazer ela aberta e criar uma área gostosa, de contemplação. Eu amo cozinhar! Sou sommelier, então amo cozinhar e receber.
Esse silêncio é diário. Agora é o meio da tarde de uma terça-feira, mas parece domingo. Moro aqui há quatro anos, e durante esse tempo eu nunca tive problema; o prédio é extremamente silencioso.
Foram quatro meses de reforma, no meio da pandemia, onde acabava cimento, tinha que esperar 120 dias, não tinha caixa de papelão pra mandar as coisas… então foi bem nesse momento de escassez.
Foi um momento que, economicamente, claro que aqui estou fazendo um recorte bem específico; foi um período nefasto, mas naquele momento a taxa de juros estava muito acessível, a metade do que é hoje, e isso fez brilhar o olho. Deu tudo certo!
Eu até já falei com a Ana que agora quero vender aqui e ir para um apartamento maior! Mas tem que ser por aqui; não quero sair desse miolo. Eu quero um apartamento onde a sala possa acomodar uma mesa maior, para receber pessoas.
Aqui ainda é um bairro muito calmo e eu me sinto tranquila. Na vizinhança dá pra se fazer tudo a pé, e em um raio de um quarteirão. Tem feira, mercado, farmácia… e se seguirmos mais para cima, fora dessa parte que é bem residencial, tem um polo gastronômico, restaurantes muito gostosos, cafés, padarias… eu realmente não faço mais questão de ter carro. A cinemateca é aqui do lado, o Ibirapuera; metrô não está longe também.


R.U.: Saindo daqui, pensando em um outro imóvel, você pretende continuar em prédio?
Olha, eu sonho com uma casa! Eu amaria ter uma casa com quintal, mas acho que financeiramente ainda é difícil. Eu sei que casa tem bastante manutenção, mas acho que a questão é arcar sozinha, mesmo. Se não, eu gostaria de um apartamento com cara de casa, com uma vista, varandinha… já ficaria bem feliz.
Só tem um porém: não estou disposta a fazer reformas grandes; não tenho mais psicológico (risos). Se for uma coisa pequena, ok, porque eu sei que vou ter que fazer um ajuste ou outro. Acho que reforma grande só se fosse um super achado, como aqui foi!
R.U.: Você teve um arquiteto que te ajudou aqui?
Sim, com certeza, um amigo, o Ricardo Velasco, que já me conhece há uns quinze anos e fez vários apartamentos meus. Eu recebi uma proposta de trabalho para morar em Santa Catarina, e ele foi fazer meu apartamento lá. Quando eu voltei para São Paulo, morei um tempo em um apartamento dele, aqui na Vila Mariana, e comecei a me apaixonar pelo bairro. Depois, eu aluguei um apartamento; ele fez esse e depois fez aqui também.


R.U: Quando vocês estavam no processo de deixar o apartamento com sua cara, já pensando em decoração, o que você quis trazer de elementos?
Brasil! Brasil total; eu amo, acho que a arte incrível, então eu sempre quis elementos e artistas que eu valorizo muito. Eu quis trazer esse elemento indígena, essas fotos lindas, o cocar; sou da Umbanda e quis também homenagear meus orixás. Algumas peças são de Pernambuco, uma carranca de Juazeiro, na Bahia, então elementos bem Brasil.
Tem essas garrafas que são meu trabalho… esse abajur de garrafa de vinho eu que fiz! Trouxe essa garrafa de uma vinícola em Piemonte, na Itália; carreguei ela a viagem inteira já pensando nisso (risos)!
Esse trabalho da Refúgios é muito legal, é uma imobiliária que, de fato, tem uma curadoria de verdade. A forma como vocês apresentam os imóveis é muito gostosa de ver; é um anúncio, mas é muito bom de ver e se imaginar nesses espaços. O jeito que vocês comunicam esse olhar, de valorização da arte, da arquitetura, é um diferencial… então isso é muito legal.
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Ficamos muito felizes com a oportunidade de conhecer o refúgio da Joana. E você, que achou dessa história? :)










