Descrição
Visto através do Vale do Pinheiro ou do Tiête o grande volume proposto por Paulo Mendes da Rocha se insere na malha urbana de maneira sútil através de sua implantação integradora. O acesso ao lote consiste em uma grande praça com espelho d’agua que se funde ao contexto do entorno. A vitrine horizontal translucida que correspondente à portaria proporciona uma integração característica do Arquiteto através de uma solução formal capaz de garantir o olhar através do edifício.
Com premiação Pritzker por sua excelência na poética formal e engajamento social, Paulo Mendes da Rocha trás à cidade de São Paulo um exemplar modernista autentico contendo: concreto, purismo e racionalismo. Definido por uma grande forma de prisma puro alocado transversalmente no terreno, o edifício exibe sua horizontalidade em duas fachadas envidraçadas que garante aos apartamentos uma vista exuberante, iluminação natural e ventilação cruzada.
A obra possuí 7 apartamentos de andar inteiro e um duplex na cobertura totalizando 9 andares. O diferencial característico em projetos de edifícios residenciais de Mendes da Rocha, o que ele mesmo chama de “casas empilhadas”, se insere na obra através de uma laje de dois níveis que delimita o setor social e o de serviço. Os patamares conversam entre sí em um vão livre com poucas estruturas de apoio e paredes. A união dos patamares livres de paredes e obstáculos visuais permite a contemplação das vistas das fachadas envidraçadas, uma delas, o Pico do Jaraguá responsável pelo nome do edifício.
A proposta de integração trás amplitude, horizontalidade e sensação de liberdade opondo-se ao conceito de apartamentos convencionais.
Referências:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.122/3472
http://www.docomomo.org.br/seminario%205%20pdfs/105R.pdf
http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/97/paulo-mendes-da-rocha-o-prumo-dos-90-23748-1.aspx
