Descrição
Um ícone no Boqueirão, o Edifício Paulistânia destaca-se como um dos primeiros arranha-céus do bairro.
Tanto o Boqueirão quanto seu vizinho, o Gonzaga, eram bairros santistas que já atraíam considerável movimento de turistas desde o final do século XIX. Já naquela época, eram destinos conhecidos pelos paulistanos que buscavam o balneário santista. Não é surpreendente, portanto, que os primeiros arranha-céus à beira-mar tenham surgido nessa região.
O projeto arquitetônico e a planta do edifício foram divulgados na edição de agosto de 1947 da Revista Acrópole. Nesse material, é possível identificar alguns nomes ligados à construção do Edifício Paulistania.
Canuto Waldemar Nogueira Ortiz: o visionário incorporador. Fundador do Tênis Clube, Canuto destacou-se como um dos pioneiros na incorporação de edifícios imponentes, deixando sua marca no Biarritz, localizado no José Menino, e no Taiúva, na Conselheiro Nébias.
O renomado arquiteto Raoul Lacombe foi o responsável pelo projeto arquitetônico. Uma curiosidade é que Raoul, em parceria com seu irmão Robert, desempenhou um papel crucial nos projetos de fachada e decoração do Edifício Martinelli.
Quanto ao Engenheiro Eberhard Gross, responsável pelo projeto estrutural, lamentavelmente, não foi possível encontrar informações sobre sua biografia.
A condução da construção ficou a cargo do Engenheiro Pérsio Novaes Chaves, um profissional que ergueu inúmeros edifícios pela cidade. Dentre suas obras notáveis, destacam-se o Taiúva e o Luiz Suplicy Júnior, este último situado em frente ao Museu do Café, ambos concebidos em colaboração com o arquiteto Oswaldo Corrêa Gonçalves.