Descrição
O Hotel Brasilar, que se encontrava na então recém-inaugurada Avenida Nove de Julho, parece nunca ter existido, pelo menos não como hotel. Ana Carla de Castro Alves Monteiro, em sua dissertação de mestrado de 2006 intitulada “Os hotéis da metrópole: o contexto histórico e urbano da cidade de São Paulo através da produção arquitetônica hoteleira”, não encontrou documentos ou evidências que comprovem sua real existência. Relatos e o Estatuto de Condomínio de 1949 sugerem que o hotel nunca saiu do papel, algo comum na época. É importante destacar que nos anos 40 não havia legislação para projetos de apartamentos de um dormitório, como quitinetes. No entanto, existia legislação municipal para projetos de hotéis. Assim, era comum aprovar um projeto como hotel e depois regularizá-lo como residencial.
O complexo foi construído nos anos 1940 pela Construtora Capua & Capua para o Banco Hipotecário Lar Brasileiro. Sua arquitetura moderna, com influências art déco, incorporou os avanços tecnológicos da época. Com 24 andares, o edifício consiste em dois blocos, Brasilar A e B, compartilhando a mesma parede. O primeiro bloco possui quitinetes, enquanto o segundo é composto por salas comerciais.
A fachada imponente do edifício se destaca pelo uso de mármore, evidenciando o luxo da construção.
Desde 2008, os moradores do Edifício Brasilar, no centro de São Paulo, estão em busca do autor de uma pintura de 9,6 metros quadrados que adorna o hall de entrada do prédio.
Infelizmente, o nome do pintor, originalmente localizado no canto inferior direito da obra, foi apagado pelas enchentes que frequentemente inundavam o local. Essas águas danificaram significativamente a pintura, deixando-a parcialmente apagada.
