Descrição
Um ícone na Avanhandava
Nos anos 50, a charmosa Rua Avanhandava ainda era composta predominantemente por casas, incluindo a do arquiteto Oswaldo Arthur Bratke, autor do Edifício Helena Maria. Um projeto harmônico com o entorno, originalmente sem portões, estabelecendo uma relação amigável com a rua.
A implantação do prédio, paralela aos limites posteriores do lote, permitiu a criação de uma praça interna, posicionada acima da garagem. O acesso de pedestres, através de uma pequena escada, é protegido por uma marquise curva sustentada por pilares revestidos de pastilhas azuis e contornados por sinuosos canteiros de plantas.
Também de pastilhas em tons de azul, um painel representando o fundo do mar recebe os visitantes e conduz ao hall de entrada, um ambiente constituído por uma caixa de vidro entre os pilotis que sustentam o prédio.
O edifício é composto por duas alas distintas, com apartamentos de dois e três dormitórios que se encontram no eixo de circulação vertical. A fachada regular revela a disposição das salas e dormitórios, ambos com janelas piso-teto voltados para o jardim frontal.
Todos esses elementos despertaram a atenção de um grupo de investidores, que comprou o prédio em meados de 2000 e fez a renovação das fachadas, áreas comuns e instalações, revendendo todos os apartamentos em apenas dois meses.
Apesar de pouco conhecido, a maquete do edifício Helena Maria, possivelmente executada por Zanine Caldas, que era colaborador de Oswaldo Bratke, pertence ao acervo do centro Georges Pompidou em Paris.
FICHA TÉCNICA:
Nome: Edifício Helena Maria
Ano de construção: 1957
Projeto: Oswaldo Arthur Bratke
Endereço: Rua Avanhandava, 416 – Bela Vista
REFERÊNCIAS:
MINDLIN, Henrique – Modern Architecture in Brazil, Editora Colibris – 1a Edição, Rio de Janeiro/Amsterdam, 1956
http://www.arquivo.arq.br/edificio-helena-maria OUTUBRO 2017
https://vejasp.abril.com.br/cidades/reforma-de-imoveis-atrai-investidores-ajuda-revitalizar-centro/# OUTUBRO 2017
Texto: Felipe Grifoni
Fotos: Emiliano Hagge
