Edifício Lorena

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Descrição

Imponência Moderna

O Edifício Lorena está localizado no coração do Jardins, a duas quadras da Avenida Nove de Julho e a 500 metros do Parque Trianon, na Avenida Paulista. O edifício é um ícone Moderno na paisagem, foi concebido em 1960, por João Kon, arquiteto responsável por pelo menos mais 15 projetos nos Jardins.
Seguindo programa tipicamente Moderno, a geometria e ortogonalidade acentuam a fachada livre. A justaposição de formas ortogonais dos revestimentos, estrutura e esquadrias, se equilibram reciprocamente, com a presença de varandas que se configuram como paralelepípedos protendidos, que se destacam no plano frontal.
O edifício valoriza o aspecto plástico da arquitetura, a partir da modulação e pureza geométrica, dispostas de forma simétrica, trazem sensação de imponência, através de uma composição equilibrada e de fácil entendimento funcional e estético.
O grande recuo frontal garante um amplo jardim e permitiu, atendendo às limitações da legislação na época, que o prédio alcançasse um maior gabarito: 17 andares.
O arquiteto optou por distribuir cômodos como sala de estar e dormitórios na fachada frontal, com maior incidência de luz solar (voltada à Nordeste), com disposição das aberturas em faixas longitudinais ininterruptas, composta por esquadrias piso-teto nos ambientes sociais e janelas do tipo “ideal” nas áreas íntimas. As aberturas distribuem-se em faixas horizontais e desiguais, alternadamente opacas e envidraçadas, para assegurar boa iluminação interna, assim como a vista livre e privilegiada para a rua. As esquadrias alcançam o pé-direito nos ambientes sociais, esta configuração, imediatamente abaixo do fôrro, difunde uma luz oblíqua, quase de cima, muito favorável para a valorização dos espaços internos.
As fachadas laterais possuem exterior modesto, com paredes cheias quase uniformemente brancas, onde se destaca apenas um eixo vertical de janelas de dormitórios. Áreas de serviços, como cozinha e banheiros, foram dispostos na fachada Sul, já que não demandam de tanta insolação.
Um singelo jogo de cores é produzido pela inclusão de várias tonalidades de verde-acinzentado nos elementos da fachada, sem contraste acentuado. Na parte superior do prédio, a cobertura plana, um recurso muito utilizado na Arquitetura Moderna, reforça a ortogonalidade da obra.
Kon utilizou elementos vazados como um elo de ligação entre cidade e edifício, que ocorre de forma progressiva e transitória, os cobogós de concreto na face Sul, protegem as áreas de circulação e servem para ocultar as instalações de ar condicionado.
O edifício possui apenas dois apartamento por andar, com plantas retangulares e idênticas, incluem três dormitórios, um espaçoso banheiro social, vestíbulo, lavabo, sala de estar e jantar com sacada, copa, cozinha, lavanderia, mais um dormitório e banheiro de serviço. A circulação vertical conta com dois elevadores, social e de serviço, além de uma escada aberta. A planta é modulada formando vãos de largura apropriada ao sistema estrutural projetado.

As unidades do Edifício Lorena contém 192m² de área útil, com 3 dormitórios e 2 vagas.

Curiosidade
O Edifício teve sua composição plástica da fachada alterada, originalmente composta por um jogo cromático forte, combinando vermelho, laranja e amarelo, que realçava ainda ainda mais o volume no bairro do Jardins. Atualmente, uma única cor domina a fachada, com tonalidades de verde-acinzentado.

 

Texto: Marina Miraldo

Revisão: Felipe Grifoni

Fotografia: Marcello Orsi

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Arquiteto:
João Kon
Ano da Construção:
1960
Endereço
Al. Lorena, 1057
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