Edifício Emília: a bela marquise da Rua dos Pinheiros

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Descrição

Projetado em 1954 pelo arquiteto romeno Israel Galman, o Edifício Emília é, afortunadamente, um daqueles exemplares que fazem parte da grande leva de residenciais construídos entre as décadas de 40 e 60, considerados pioneiros do mercado imobiliário paulistano.

 

Impossível não se encantar à primeira vista pela charmosa marquise futurista, revestida por pastilhas rosa e apoiada em elegantes pilares cilíndricos, que protege e instiga os transeuntes a romper a barreira entre o público e o privado.

Devido à forma bastante alongada e estreita do terreno, esta edificação – assim como muitas desse período – possui uma empena cega voltada para a rua. A área livre lateral, à esquerda do prédio, composta por um belo paisagismo, e para o qual a fachada mais interessante do prédio se orienta, possibilita uma melhor insolação e ventilação aos apartamentos.

A volumetria é simples e arrojada: um grande corpo retangular interrompido de um lado por dois pequenos elementos compostos pelas escadas, e de outro, varandas que se projetam para fora do volume principal.

Também, pode-se observar outro recurso típico deste período: pilares cilíndricos que suportam o volume principal, criando uma espécie de galeria coberta que liga a marquise aos dois acessos principais do edifício.

Há ainda outros elementos que o atestam como um legítimo representante da arquitetura moderna: revestimentos em pastilhas de tons pastéis (azuis e rosa), grandes janelas ideais e volumes de sacadas em balanço.

O prédio, de escala reduzida, é composto por apenas quatro pavimentos: um andar térreo – com apenas duas residências e uma área comercial com duas lojas voltada para a via – e três pavimentos tipos.

Estes são constituídos por dois apartamentos em cada andar, cada qual com dois quartos e aproximadamente 100m². As áreas sociais e privativas possuem grandes aberturas para o pátio recreativo lateral, já os demais ambientes – cozinha e lavanderia – orientam-se para a fachada oposta.

Apesar de ter sofrido algumas modificações ao longo das últimas décadas, que descaracterizaram principalmente o seu andar térreo – como o gradil que encobre a marquise, a fachada das lojas térreas e a área ajardinada – o edifício conserva, ainda em bom estado, os elementos principais que o tornaram uma verdadeira joia rara modernista em Pinheiros.

 

Referências:

http://www.acropole.fau.usp.br/edicao/198

 

Fotos: Carolina Mossin

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Arquiteto:
Israel Galman
Ano da Construção:
1954
Endereço
Rua dos Pinheiros, 401
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