Descrição
O centro comercial, onde funcionou por muitos anos o Cine Metrópole, era um ponto luxuoso nos anos 1960 e começo dos anos 1970, com bares tomados por universitários. O anúncio de lançamento do complexo mostra carros sofisticados e um público elegante nas varandas do prédio. Ainda era apenas um projeto para ser entregue em 28 meses, mas as obras estavam em andamento ’24 horas por dia’. O texto destacava os 1.200 metros de vitrines, 14 escadas rolantes ‘para subir e para descer’, boate, ‘bar americano e grill room’ e cinema para 1.200 pessoas. Além disso, 80 conjuntos para escritórios servidos por cinco elevadores, 20 mil metros quadrados de lojas e 100 metros de frente para três ruas.
Em 1974, a galeria começou apresentar sinais de decadência. Num mercado que pedia diferenciação, suas lojas padronizadas deixaram de ser competitivas. Nesse período, a violência no Centro de São Paulo também cresceu, afetando todo o comércio da região. Veja no ‘Páginas Selecionadas’, como a Metrópole sofreu com o problema da segurança e “passou a ser uma constante no noticiário policial”. Em 1981, a revitalização da praça D. José Gaspar, a recuperação das calçadas e o novo planejamento de jardinagem, com floreiras que cortavam a Av. São Luís, prometiam dar uma nova cara ao Centro e reanimar o comércio da galeria. Hoje, o conjunto abriga agências de turismo, lojas e restaurantes e experimenta o movimento de revalorização do centro de São Paulo.”
Hoje, a Metrópole está em pleno desenvolvimento. O movimento é capitaneado por uma galera jovem, que está ocupando os espaços e levando a vida de volta ao Centro da cidade.
Fonte —> http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,predios-de-sao-paulo-galeria-metropole,9643,0.htm
Fotos: Milena Leonel