Residência Nadyr de Oliveira

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Descrição

Entre duas ruas com nomes de árvores, ocupando um lote de esquina, esta casa quase desaparece em meio as helicônias, palmeiras e bromélias… a entrada, por um pequeno portão, através de uma curva suave direciona o olhar para a paisagem, com vista para o Parque Alfredo Volpi. A intenção dos moradores ao encomendar o projeto era clara: uma casa compacta, porém rodeada por um jardim.

A escolha do arquiteto foi bastante criteriosa. Quando o Coronel da Aeronáutica Djalma Floriano decidiu construir sua casa em São Paulo, nos anos 60, pediu uma indicação ao amigo Oscar Niemeyer, quem sugeriu Rino Levi. Mas devido a alta demanda do escritório, Levi não pode assumir o projeto e recomendou Carlos Millan – um jovem arquiteto que iria ser um estouro – segundo as palavras de Delma, filha do Coronel.

Millan dedicou-se ao projeto durante mais de um ano, com a incumbência de desenhar uma casa que seria um presente a Dona Nadyr de Oliveira, esposa do Coronel. Durante o processo o arquiteto tornou-se amigo dos futuros moradores e juntos chegaram a solução ideal: um volume monolítico suspenso, deixando o térreo livre para o imenso jardim.

A disposição da planta é análoga a Villa Savoy, no térreo estão apenas a garagem, o dormitório e o banheiro de serviço. O hall social, uma caixa de vidro, dá acesso ao lavado e abriga a escada social que conduz ao pavimento superior, onde estão os dormitórios, sala, cozinha e lavanderia, esta protegida por uma parede de cobogós e com acesso através de uma escada curva. Neste pavimento há um único banheiro, que pode ser utilizado por até três pessoas simultaneamente, em consequência da divisão das funções, com as pias isoladas do chuveiro e do sanitário.

O jardim, apesar de toda sua exuberância, foi criado concomitante a construção da casa, o lote de terra vermelha não possuía vegetação e foi o próprio Coronel quem se dedicou ao paisagismo. Nele também há um pequeno espelho d’água circular, com um banco acompanhando o desenho, protegido pela sombra das pitangueiras e dos pés de mexerica.

A construção foi extremamente elaborada, desde os elementos em concreto armado, como a escada social, desenhada sem nenhum apoio e das duas gárgulas que escoam a água da chuva da cobertura, passando pelo desenho das luminárias embutidas e chegando ao projeto de marcenaria, incluindo o layout dos ambientes, com mobiliário da Forma e da extinta Branco e Preto, da qual Millan foi um dos integrantes.

A casa ainda preserva todos os detalhes e cores originais: azul, laranja e ocre. E, apesar da ação do tempo, ainda se mantem como exemplo do mais alto nível de refinamento técnico, construtivo e de projeto da Arquitetura Moderna Brasileira.

Texto: Felipe Grifoni

Fotos : Carolina Mossin

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360 m2/ 3 Quartos / 3 Banheiros / 3 Vagas

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